Em um país com dimensões continentais e condições diversas de temperatura e regime de chuvas, não é tarefa simples formular uma espécie de “receita de bolo” para obter lucro com pecuária de corte, sobretudo em sistemas intensivos, cujo risco aumenta. Mas o engenheiro agrônomo, mestre e doutor em ciência animal Sérgio Raposo, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, encontrou alguns pontos em comum para facilitar a vida do produtor.
“A vontade do produtor é que tivesse uma receita de bolo, de preferência muito barata que desse um desempenho muito alto, mas de fato não existe. E a grande oportunidade que a gente tem na hora que formula a dieta, quem tem esta situação em que se reúne um grupo de animais em um lugar específico, com ofertas de alimentos específicas, é você fazer a melhor combinação destas oportunidades de ingredientes que a gente tem para mexer para fazer uma dieta que dê o melhor resultado econômico. E aí está uma grande oportunidade. E a receita de bolo que a pessoa pede para economizar dinheiro, na verdade é o que vai fazer ela perder dinheiro, na verdade”, disse o pesquisador.
A partir destas considerações, Raposo listou três dicas para o produtor ganhar dinheiro ao intensificar a engorda dos animais:
– Encontrar a formulação ideal de alimento para o gado que está no cocho, levando em conta oportunidades que o mercado local ofereça de produção e frete, por exemplo, para a sua fazenda;
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– Compreender a importância da fase de adaptação à dieta intensiva. Em certas ocasiões, disse o pesquisador, o pecuarista pode acreditar que está perdendo tempo, mas a adaptação mal conduzida por comprometer todo o desempenho do gado.
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– Definir o ponto ótimo de abate do lote. “Especular com o animal terminado, em geral, não vale a pena. O que o animal ganha de peso num dia de confinamento não paga o que o pecuarista deu de comida e você começa a perder dinheiro no confinamento”, frisou Raposo.
Veja a entrevista concedida por Sérgio Raposo para a série especial Embrapa em Ação:
