A intensificação dos sistemas de produção de gado de corte está mudando a dinâmica do ciclo da pecuária de diversas maneiras. Já há consenso de muitos profissionais do setor que apontam tendência da transformação da entressafra, que ocupa o período seco do ano, em safra, quando a engorda dos animais é acelerada pelo consumo de ração em cocho. Outra alteração é que, para encurtar a terminação, pecuaristas estão buscando melhor desempenho dos animais em recria, reduzindo o tempo em confinamento e a idade de abate, consequentemente.
Nesta quarta, 30, o gerente do Confinamento JBS em Lucas do Rio Verde-MT, Hélder Pureza, falou sobre o assunto ao Giro do Boi. “Vem acontecendo que grande parte dos nossos parceiros estão investindo na recria e terceirizando engorda com a gente. Os animais que foram recriados na seca intensivamente agora começam a descer para o cocho para serem engordados e abatidos na ‘entressafra das águas’”, comentou.
Ao antecipar a terminação em cocho, o produtor acaba tendo custo menor com a dieta intensiva e tem benefícios indiretos como a comercialização de um animal jovem e mais valorizado pelo mercado consumidor, conforme destacou o gerente de originação de Friboi de Diamantino-MT, Thiago Bessa. “De fato está chamando atenção para a qualidade da carne. O mundo hoje está nos pedindo isso, não só o mercado interno como o mercado externo também, então cada vez mais a gente tende a buscar animal mais jovem e melhor acabado. O confinamento hoje tem produzido este animal”, indicou.
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Bessa afirmou que, ao intensificar a recria, o pecuarista aumenta a eficiência biológica dos animais e tem maior controle sobre a quantidade de tecnologia que aplica no sistema. “E acaba terceirizando o confinamento, sendo uma saída rentável, aumenta a produção de arrobas por hectare e realmente oferece o que o mundo exige: um animal mais jovem e melhor acabado, é um casamento perfeito”, avaliou.
Nos boiteis da companhia, como na unidade de Lucas do Rio Verde-MT, o pecuarista tem bônus especial pago por arroba para a engorda do chamado “boi das águas”. Os modelos de negócio e mais informações podem ser solicitados pelo e-mail [email protected].
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Veja a entrevista completa com Hélder Pureza e Thiago Bessa no vídeo a seguir: