Em entrevista ao Giro do Boi desta quinta, dia 18, o zootecnista Sérgio Ribas, sócio diretor do Serviço Brasileiro de Certificações, o SBC, explicou o passo a passo que o pecuarista pode seguir para habilitar sua fazenda na Lista Trace, a Lista de estabelecimentos rurais aprovados (ERAS) aptos a exportar à União Europeia do Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos, o Sisbov.
Atualmente o país tem cerca de 1.700 propriedade habilitadas para este mercado, totalizando um total de 4,5 milhões de cabeças. “O boi que é entregue à indústria é desmontado em diversas peças e os principais cortes que vão para a Europa. Então este número de 4,5 milhões de cabeças é bem pouco mesmo porque vão quatro ou cinco cortes só para a Europa, então realmente a gente precisa aumentar este número”, opinou Ribas.
O zootecnista afirmou que nos últimos dois a três anos os pecuaristas aumentaram a demanda pelos serviços de certificação pelo incentivo que recebe para a comercialização de animais habilitados. “Pagando-se melhor pela arroba do boi, o produtor vai atrás da certificação. E é o que está acontecendo hoje. As indústrias estão pagando mais pela arroba do boi Europa, além dos prêmios como Cota Hilton e os protocolos que cada empresa tem, e isto tem aumentado o interesse do produtor em aderir ao Sisbov”, comentou. A adesão ao Sisbov, segundo o zootecnista, varia de 10% a 15% do prêmio que recebe o produtor na venda dos lotes de boi Europa.
Ribas fez um resumo de oito etapas que o produtor deve seguir para que tenha sua fazenda habilitada na Lista Trace, do Sisbov.
– Buscar uma certificadora credenciada junto ao Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
– Preencher os documentos de cadastro fornecidos pela certificadora;
– Feito este cadastro no Sisbov e no Ministério, a certificadora faz o pedido dos brincos;
– Quando chegam os brincos, o pecuarista deve fazer um inventário de seu rebanho, pois é necessário brincar 100% dos animais da fazenda;
– Depois, o produtor volta a buscar a certificadora para que seja feita a primeira inspeção, que gera prazos e processos referentes à noventena dos animais e de renovação/emissão do certificado;
– Depois disto é agendada uma segunda inspeção para que, estando tudo conforme, agende-se a auditoria do Mapa;
– Com esta auditoria feita, estando tudo conforme, a documentação é encaminhada para a sede do Mapa em Brasília-DF para que a fazenda faça parte da Lista Trace;
– Quando a fazenda já consta nesta Lista Trace, já é possível negociar os animais com as indústrias.
Veja a entrevista completa com o zootecnista Sérgio Ribas no Giro do Boi desta quinta, 18: