Quem está antenado em tendências das redes sociais deve estar lembrado da hashtag que fez sucesso há algumas semanas, a #10YearsChallenge, ou, em uma tradução livre, o desafio dos dez anos. Internautas do mundo inteiro publicaram fotos suas registradas em 2009 comparando com imagens novas, de 2019.
E se a pecuária brasileira fosse fazer o seu próprio desafio dos dez anos, quais seriam as principais mudanças? A pergunta foi feita pelo repórter Marco Ribeiro ao pecuarista Eduardo Otoboni, que tem propriedades em MT, MS e SP.
Na desmama, Otoboni afirmou que a evolução do peso fica na faixa entre 20% a 30%. “O que era um bezerro de 180 kg, hoje é de 230 kg a 240 kg. A evolução genética foi muito grande”, destacou. O produtor começou a trabalhar com cria há dez anos. Foi então que sentiu necessidade de acelerar seu giro para não passar por períodos longos sem receita.
Deste modo, em certos períodos do ano, por conta de menor oferta de pastagens, a terminação é feita em boitel. “Nós tivemos que evoluir, como todo segmento, porque era mais tradicional. […] Com isso, veio a genética. Você melhora a genética, automaticamente ela exige um pouco mais na alimentação, então você é obrigado a nutrir mais a pasto e ir para o confinamento, senão você não consegue terminação e também não consegue qualidade sem confinamento na época da seca. Porque o boi de confinamento consegue proporcionar ao consumidor final uma mercadoria com valor agregado”, raciocinou.
Veja a entrevista completa no vídeo abaixo: