Em entrevista que o Giro do Boi exibiu novamente nesta sexta, dia 1º, o professor da Unesp de Jaboticabal-SP, Mateus Paranhos, zootecnista, pós-doutor em bem-estar animal e coordenador do Grupo Etco, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal, reprovou alguns erros elementares cometidos por pecuaristas ao levar o gado para a terminação em cocho.
“Que bovino está indo pro confinamento? É um bovino que foi preparado para isto e você quer tirar o melhor produto no final ou é quase uma situação de urgência ou emergência para reduzir o números de animais mortos porque não foi feito um bom trabalho na seca para as pastagens? Então, baseado nisso, a primeira imagem do confinamento tem que ser analisada com muito cuidado. Eu acho que ainda existem erros elementares sendo cometidos”, indagou.
“Esses erros passam pelo universo da nutrição, pelo universo do ambiente, pelo universo do manejo. Com tudo, em algum momento, tem alguma coisa errada. Por exemplo, o gado chega do transporte de uma grande distância e já entra no processamento, recebe vacina. A vacina em um animal estressado não vai funcionar. A gente sabe que uma porcentagem dos animais não vai reagir ao estímulo que a vacina traz. Então detalhes como estes ainda são comuns, frequentes, de ocorrer no confinamento. A gente espera que com o tempo isso vá reduzindo e que as pessoas se estruturem para fazer um trabalho melhor”, resumiu o pesquisador.
Na entrevista à equipe de reportagem do Giro do Boi, Paranhos fez suas considerações sobre o mais novo Manual de Boas Práticas de Manejo lançado pelo Grupo Etco, que trata justamente de confinamento. O livreto reúne dicas de bem-estar para animais que terão como destino a engorda intensiva.
A entrevista completa de Mateus Paranhos ao Giro do Boi pode ser vista clicando no player a seguir: