Pecuarista que fez parceria com boitéis em 2018 lucrou em média R$ 300 por cabeça

Valor é referente à margem das arrobas engordadas em cocho; projeção de custo estável para 2019 deve manter retorno positivo ao produtor

O pecuarista que apostou na engorda terceirizada em 2018 teve desempenho satisfatório. Foi o que revelou hoje ao Giro do Boi o gerente de confinamentos da JBS, José Roberto Bischofe Filho. Em média, os produtores que enviaram animais para terminação nas unidades da companhia (Terenos-MS, Lucas do Rio Verde-MT, Guaiçara e Castilho-SP) tiveram lucro médio de R$ 300 nas arrobas engordadas dentro dos boitéis.

“2018 foi um ano bastante interessante nesses sistema de boitel pros nossos amigos pecuaristas. […] Os produtores tiveram um retorno (zootécnico) dentro do boitel da JBS em torno de oito arrobas engordadas e um retorno financeiro entre 15% a 20%. Falando em números absolutos, cerca de R$ 250 a R$ 300 livre para o pecuarista nas arrobas engordadas dentro do cocho dos boitéis da JBS”, detalhou.

No MT, por exemplo, o custo da arroba engordada flutuou por volta de R$ 105 a R$ 110 no boitel de Lucas do Rio Verde, e a arroba do boi gordo teve valor médio de R$ 135 na unidade de Diamantino, mais premiações pontuais, como Europa e protocolos de qualidade, uma formulação que levou ao lucro observado por Bischofe.

Para 2019, o cenário deve ser parecido ao observado em 2018. “Os grãos estão praticamente estáveis. Então a colheita da safrinha do milho, projeção da safrinha de soja, estão todas normais, não tem nada que possa atrapalhar por enquanto o custo de engorda. A safra americana está caminhando perfeitamente, então o custo de engorda 2019 vai ser parecido com 2018, porém o mercado está tendo uma reação um pouco melhor. Mesmo em janeiro e fevereiro, que são meses ruins para as vendas de carne, teve uma valorização na carne. O mercado interno continua um pouco retraído, porém as exportações estão caminhando firme. É um cenário bastante otimista”, resumiu o gerente.

Ao passo que o cenário se desenha positivo para o investimento na intensificação da engorda, o desafio por qualidade e segurança da carne produzida cresce. Bischofe comentou a rejeição de mercados externos por bois abatidos com mais de 30 meses de idade, apontando a aceleração da terminação como uma das ferramentas para atender a demanda.

Para os produtores interessados, as unidades de engorda da JBS continuam recebendo animais sem interrupção nas atividades ao longo do ano. O contato para entender mais sobre modalidades de negócios (diária, arroba produzida, ração por quilo e parceria) e agendamentos pode ser feito pelo e-mail [email protected].

Produtores parceiros têm entre as vantagens condições especiais de frete, sistema que absorve mortes e rejeições ao cocho, bonificação por animais tipo Europa e/ou para protocolos de qualidade, como o Sinal Verde e o 1953, preferência nas escalas de abate e ainda não tem necessidade de fazer desembolso, uma vez que os custos são descontados somente no momento do abate.

Confira a entrevista completa pelo vídeo abaixo: