Nesta quarta-feira, dia 19, o Giro do Boi levou ao ar entrevista ao vivo com o presidente da JBS Carnes Brasil, Renato Costa. O executivo fez uma retrospectiva de 2018 para o comércio da carne bovina, destacando a demanda puxada por carne de qualidade tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Houve crescimento expressivo nas exportações da companhia na mesma proporção da exigência dos clientes de todo o mundo, que estão rejeitando carne de gado abatido acima dos 30 meses de idade.
Veja abaixo os principais tópicos abordados ao longo de sua participação:
MERCADO INTERNO
“2018 foi um ano bastante importante. Nós retomamos nosso volume de abates, estamos concluindo o ano dentro do planejado. […] O consumo interno, dentro da realidade em que o país está, com a questão da economia e taxa de desemprego, eu acredito que nós estamos fechando bem o ano. Procuramos segmentar bem os canais, trabalhar mais os produtos, estar mais próximo aos nossos clientes, fidelizando mais este clientes. […] O consumo se manteve estável”, resumiu.
AÇOUGUE NOTA 10
É o programa que fideliza supermercados parceiros através de prestação de serviços que vão desde capacitação para refile no intuito de reduzir o desperdício até a exposição dos cortes nas gôndolas. A iniciativa leva até aos supermercados cortes de carnes específicos da marca Friboi Reserva para atender a demanda de consumidores exigentes. Renato Costa revelou que o programa cresceu perto de 50% no ano de 2018 em relação ao número de lojas participantes, saindo de 550 para 803. O desafio para 2019 é chegar aos mil estabelecimentos fidelizados.
PROTOCOLO 1953
“Como o primeiro protocolo de bonificação multi raças, ele traz mais opção para o pecuarista negociar o seu produto sem ficar limitado a uma raça específica. […] Foi bastante importante para indústria, para o consumidor e também para o pecuarista. Comemorando 65 anos da companhia, tem um legado desta marca, que é o trabalho do Seo Zé Mineiro (fundador da companhia), o nosso ícone que nos inspira a trabalhar. […] O protocolo em sua característica dá mais amplitude para o produtor poder negociar a sua mercadoria. E até então um produto desse nível não chegava ao varejo, era comercializado na categoria do food service, como nos restaurantes, e não estaria à disposição para o consumidor de uma maneira geral. Então também como característica deste produto é o consumidor ter acesso”, declarou.
EXPORTAÇÕES DE CARNE BOVINA
“O mercado externo realmente se destacou no ano de 2018. Crescemos aproximadamente 30% em volume e 50% em valor. O que quer dizer isto? Aumentou o volume e agregou preço. Muitas vezes quando você aumenta volume, você precisa depreciar preço e não foi o que aconteceu neste ano. […] Foi um ano muito promissor e estamos satisfeitos”, celebrou.
QUALIDADE DE CARNE
“Os principais mercados têm exigência de trabalhar com gado de até 30 meses de idade. É uma exigência porque outros países (exportadores de carne) também trabalham com gado mais novo. Temos que tentar diminuir esta idade de abate, trazer o gado mais precoce para abater, porque uma das características principais destes mercados mundo afora é a exigência da idade até 30 meses”, apontou.
GESTÃO
“É o recado que eu queria deixar. Pecuarista, invista e profissionalize a cada dia mais o seu negócio. A gente tem visto isto na pecuária, atividade que tem como característica uma liquidez muito forte. Quando a gente projeta os próximos dez a quinze anos, estes números são confiantes para o crescimento em nível global do consumo de carne bovina. Vamos destacar a Ásia, e dentro do contexto está a China. […] Estamos confiantes e quero agradecer os produtores que participaram desta retomada do crescimento junto à empresa. Não poderia deixar de agradecer nossos 38 mil colaboradores do nosso negócios de carne bovina no Brasil que foram determinantes para o nosso crescimento também”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra pelo vídeo disponível abaixo: