Nesta terça, dia 30, o médico veterinário Rafael Moreira, mestre em ciência animal, falou ao Giro do Boi sobre como o pecuarista pode obter índice de prenhez na estação de monta superior a 80% utilizando a ressincronização.
O especialista exemplificou um rebanho de 1.000 vacas sendo inseminadas, em que a média de prenhez é de 60%, sendo que na primeira inseminação, portanto, 600 vacas ficam prenhes. Na ressincronização, com nova aplicação de protocolo, mantendo a média de 60% de sucesso, mais 240 fêmeas são inseminadas com êxito, chegando a 840 fêmeas prenhes e uma taxa de 84%.
“(A ressincronização) Deve ser usada porque quem faz uma IATF, faz duas. Se você tem bom planejamento, se está tudo correto na fazenda, quem faz uma IATF faz duas porque você vai ganhar em índices reprodutivos, além da qualidade do gado”, revelou.
O veterinário, que é gerente de produtos da Boehringer Saúde Animal, acrescentou ainda que o principal erro do produtor em relação à ressincronização é exatamente não executá-la. “O principal erro é não fazer. Se faz uma (IATF), deve partir pra segunda”, recomendou, declarando que para tanto é necessário ter boa estratégia de alimentação para as vacas, um bom serviço veterinário para que seja correta a aplicação dos hormônios e um bom manejo do gado, itens essenciais já para qualquer estratégia de cria.
Moreira afirmou também que, para os produtores que dominam a ressincronização, é possível fazer uma terceira aplicação da IATF, ponderando que, para estes casos, é maior a exigência sobre o nível tecnológico e de gestão da propriedade.
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