No quadro Giro pelo Brasil desta segunda, 23, o gestor de demandas da Boehringer Saúde Animal para o Rio Grande do Sul, Leandro Silva, trouxe dicas sobre aplicação de medicamentos veterinários em bovinos para evitar problemas com refluxo e subdose.
A ideia é aproveitar a época da seca e também a primeira etapa nacional de vacinação contra a aftosa, quando o rebanho vai para o curral, para combater a infestação de carrapatos e demais parasitoses.
“Entramos em um momento bastante desafiador do ano, de baixa disponibilidade forrageira com a seca e ainda com frio do Rio Grande do Sul, possivelmente geadas, e os campos nativos ficam bastante prejudicados com essa alteração climática. […] Com certeza será um periodo desafiador e os pecuaristas têm que estar preparados para fazer a lição de casa bem feita em aspectos nutricionais e sanitários também”, advertiu Silva.
Além das alterações climáticas, Leandro lembrou que a desmama também contribui para o aumento do estresse nos animais. São duas janelas em potencial que podem ser aproveitadas por parasitas, como os carrapatos. “Agora a carga parasitária se eleva com esse momento de queda natural de proteção com a desmama e é importante entrarmos com um endectocida eficiente, aproveitando o manejo da aftosa, e suprirmos as necessidades dependendo da região, um tratamento contra carrapato e verminoses”, recomendou.
No entanto, segundo o técnico, nesta hora é comum verificar no campo erros que levam ao desperdício de produtos e, consequentemente, ao combate inadequada aos parasitas, como o refluxo de medicamentos. “Isso quer dizer que não adiantou nada o produtor ir à loja, barganhar preço, trazer a vacina, tirar o gado de campo para o curral e, muitas vezes, ao chegar na propriedade durante a vacinação, nos deparamos com essa realidade, que é o gado com refluxo depois da vacina, medicamento voltando porque foi aplicado no local errado, com a agulha inadequada”, disse Silva.
Outro problema comum que leva à perda do medicamento, e até contribui para o aumento da resistência dos parasitas aos princípios ativos, é a subdose, ou seja, a dose administrada em um volume abaixo do que é recomendado. Leandro Silva gravou um vídeo em uma fazenda em que demonstra a importância de calibrar a seringa antes de começar o manejo para que a dose correta seja aplicada nos animais. “O produtor pode estar desconfiado de que o produto não está funcionando, mas às vezes o problema está na ferramenta de serviço mal regulada. Por isso é importante ele fazer um teste antes com água”,
exemplificou.
Veja as dicas completas de Leandro Silva pela entrevista abaixo: