Nesta quinta-feira, 23, o estúdio do Giro do Boi recebeu o médico veterinário e mestre em ciência animal Rafael Moreira, gerente da Boehringer Saúde Animal, para falar sobre os gargalos da reprodução bovina no Brasil.
“O mais importante é a fêmea em reprodução estar em um balanço energético positivo, senão você começar a trabalhar a reprodução numa condição desfavorável. Por mais que os protocolos ajudem, melhorem a ciclicidade do animal, o fundamental é esta vaca estar na curva de ganho de peso. Esse é o sucesso”, indicou Moreira.
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Moreira reforçou que a chegada da vaca na estação de monta em movimento de perda de peso muda a sua fisiologia e aumenta as chances de obter índices reprodutivos ruins. “Aquele movimento de perda de peso muda toda a fisiologia do animal, que em condições adversas de nutrição e sanidade não vai crescer, não vai reproduzir e nem se desenvolver. Temos que continuar enfatizando porque sanidade e nutrição são o básico para a nossa pecuária evoluir, para a genética responder e aí aplicar tecnologia”, completou.
Para conseguir indicadores acima da média brasileira, o veterinário disse que as fazendas de sucesso estão investindo na gestão de toda a estação reprodutiva, além, é claro, de oferecer condições ótimas de sanidade e nutrição. “O que a gente tem notado é a gestão. As fêmeas em evolução de ganho de peso, claro, mas gestão dos protocolos de IATF, sempre controlados em horários certos, aplicados por técnicos bem empenhados na execução e aí você consegue índices de 60 a 65% de taxa de prenhez na primeira inseminação”, revelou.
Veja mais detalhes na entrevista completa de Rafael Moreira ao Giro do Boi: