Nesta quinta-feira, 12, no quadro Giro Tecnológico, o zootecnista, mestre em produção animal e diretor do Inttegra, o Instituto Terra de Métricas Agropecuárias, Antônio Chaker, explicou quais são e por que é importante saber os graus de maturidade do peões que integram as equipes de trabalho das fazendas.
Segundo o consultor, o tema é relevante porque pode influenciar o resultado financeiro da propriedade. “Você não tem um colaborador M1, M2, M3 ou M4. Ele varia nestes níveis de maturidade para cada tipo de tarefa, cada tipo de atividade. Você pode ter um peão materneiro M4, que sabe e quer curar um umbigo de bezerro, mas ele pode ser M2 ou M1 para mexer com trator, não gosta de maquinário. Então o grau de maturidade é de acordo com a tarefa. O líder precisa entender o grau do peão para cada comportamento”, indicou.
Abaixo, entenda as siglas e saiba como identificar a maturidade de cada peão e como melhorar o engajamento dele com o projeto:
Maturidade 1 (M1)
É o colaborador que não sabe e não quer fazer determinada atividade. “Geralmente é um jovem que foi obrigado pelo pai a estar em um lugar onde ele não quer trabalhar, está sem interesse”, ilustrou Chaker. Para o gestor, o caminho para melhorar o desempenho deste tipo de funcionário é a inspiração. “Você precisa mostrar o caminho, apresentar e escancarar as possibilidades do que ele pode se tornar”, recomendou.
Maturidade 2 (M2)
É o peão que não sabe, mas quer fazer determinada função. “O M2 é mais simples porque para ele você só precisa ensinar. Naturalmente você deve acompanhar de perto, ou seja, não pode delegar e ir embora, virar as costas, pois a chance de ele errar é grande. Então você se aproxima dele tanto quanto do M1, e aí ele se reposiciona para uma tarefa que tenha futuro, uma nova execução como M4 ou volta para M1 e é dispensado”, indicou o zootecnista.
Maturidade 3 (M3)
Este membro da equipe sabe, mas não quer exercer certa tarefa. “Pegou bardo, virou bardoso”, brincou Chaker durante o G-Tec. “Este você tem que pendurar no cangote dele uma meta, um número. Diga para ele ‘nós sabemos que você sabe fazer, então a entrega que esperamos é x de ganho de peso, ou x de mortalidade‘. Você impõe a ele uma meta, estabelece uma posição clara, diga que confia e gerencia. Aí você fica esperando melhorar o grau de pertencimento dele. Se ele tiver liberdade, eu aumento a responsabilidade”, aconselhou.
Maturidade 4 (M4)
É a pessoa que sabe e quer fazer. “Naturalmente é o sonho de consumo de todo líder ter um time inteiro M4”, esclareceu. “Para o M4 eu dou liberdade de trabalho, empodero, dou condição para ele se desenvolver. Então nas reuniões de supervisão e análises de resultado, eu não preciso ficar muito em cima”, sugeriu Chaker, que concluiu:”A principal reclamação do pecuarista é: ‘a fazenda para de funcionar quando eu saio‘. Mas ela não funciona porque o seu time não é M4″.
Veja pelo player abaixo o quadro Giro Tecnológico, com Antônio Chaker, na íntegra: