O Giro do Boi desta quarta, 23, levou ao ar um trecho da palestra da zootecnista, mestre em genética e melhoramento animal, doutora em zootecnia e pós-doutoranda do Grupo Etco (Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal), da FCAV-Unesp, Lívia Magalhães, especialista em bem estar animal.
A zootecnista destacou a importância da adoção de práticas de bem estar animal desde a fase da cria de bezerros. “Uma cadeia de domínios afeta o bem estar animal. […] O que a gente quer entender é que quando eu falo de bem estar animal e sustentabilidade, eu não posso tratar isso como problema focal, em um determinado ponto. Tudo começa quando o animal nasce, quando ele é um bezerro”, ensinou.
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“O que a gente está ensinando para esse bezerro? Que a interação humano-animal é boa? Que isso é positivo?”, questionou Magalhães. Segundo a pós-doutoranda, a imunidade dos bovinos é determinada ainda em sua fase de crescimento, daí a relevância de não restringir seu acesso ao colostro e ao leite da vaca, fazer bem a cura do umbigo e oferecer boas condições de nutrição, dando acesso, inclusive, ao creep feeding quando houver necessidade.
“O boi que chega lá no curral nasceu aqui e é quando ele é bezerro que a gente determina se esse animal vai ser um bom animal no futuro ou não. Os bovinos são capazes de aprender. Tem pessoal que fala que o zebuíno é muito reativo. Ele é reativo, mas ele tem uma capacidade de aprender enorme. […] O animal que você tem é produto do meio que você oferece para ele”, ponderou Lívia.
Veja no vídeo abaixo o trecho da palestra da pós-doutoranda do Grupo Etco, da FCAV-Unesp: