
Pecuaristas, o Pantanal é uma região de beleza singular e de extrema importância para a pecuária brasileira. Sua dinâmica de cheias e secas, no entanto, exige um manejo e uma escolha de forrageiras muito específicos. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações.
Lucas Cardoso, de Dois Irmãos do Buriti, Mato Grosso do Sul, busca a pastagem ideal para sua propriedade nessa região desafiadora.
Nesta segunda-feira, 28 de julho, o engenheiro agrônomo Wagner Pires, especialista em pastagens, consultor do Circuito da Pecuária e autor do livro “Pastagem Sustentável de A a Z”, respondeu a essa dúvida no quadro “Giro do Boi Responde” do programa Giro do Boi.
Ele destacou a importância da pecuária para a manutenção do Pantanal e as gramíneas que melhor se adaptam a esse ciclo de alagado e seca.
A pecuária como guardiã do Pantanal
Wagner Pires inicia ressaltando que a pecuária no Pantanal é uma “bênção para o meio ambiente”.
Sem o gado pastejando, haveria um crescimento descontrolado do capim, que se tornaria fenado, seco e altamente propenso a incêndios.
A convivência entre a pastagem e o Pantanal é extremamente saudável, pois o gado mantém a área limpa e atua como um protetor natural contra o fogo. A pecuária é, portanto, essencial para a preservação do bioma.
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Gramíneas estratégicas para o Pantanal
Para o Pantanal, é fundamental escolher gramíneas que consigam interagir e se adaptar tanto ao período das cheias quanto ao da seca. Wagner Pires sugere algumas opções estratégicas para a região:
- Braquiária humidicola: Conhecida por sua resistência a solos úmidos e boa adaptação a condições adversas.
- Dictyoneura: Outra braquiária que apresenta bom desempenho em áreas de variação hídrica.
- Setaria kazungula: Uma opção muito boa para as condições do Pantanal.
- Braquiária Cayman: Uma braquiária híbrida que também se mostra bastante eficaz.
Essas forrageiras são reconhecidas pela sua capacidade de suportar o ciclo de alagamento e seca, mantendo a produtividade da pastagem.
Novidades no mercado: o Panicum Igapó
O especialista também trouxe uma excelente novidade para os pecuaristas do Pantanal: um novo Panicum que será um divisor de águas para as áreas de baixada e aquelas que se encharcam.
Este Panicum, que será chamado Igapó, é altamente adaptado a lâminas de água e promete revolucionar a pecuária nessas condições.
A previsão é que as sementes desse material estejam disponíveis para aquisição e plantio já em 2026. Fique de olho, pois em breve teremos mais informações sobre essa alternativa promissora.
Para otimizar o uso da pastagem, Wagner Pires ainda recomenda um bom piqueteamento e divisão da propriedade.
Essas práticas simples são essenciais para aproveitar melhor a forragem disponível, especialmente no final do período das águas e no início da seca, garantindo a sustentabilidade da pecuária pantaneira.
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