teste

CRUZAMENTO INDUSTRIAL

Caracu: o segredo da rusticidade e resistência ao calor do gado taurino

O Caracu se destaca pela rusticidade e resistência ao calor. Um especialista em genética revela as características que tornam essa raça adaptada ao clima tropical e ideal para a pecuária do Brasil

Caracu: o segredo da rusticidade e resistência ao calor do gado taurino
Caracu: o segredo da rusticidade e resistência ao calor do gado taurino

Pecuaristas, a escolha de um touro para a pecuária extensiva em climas quentes exige uma análise aprofundada da sua genética. O Caracu, um taurino adaptado, se destaca pela sua inigualável rusticidade e resistência ao calor. Confira o vídeo abaixo e descubra mais sobre a raça.

Natan Eduardo, de Mirante (MA), perguntou quais características genéticas e fisiológicas do gado Caracu contribuem para sua adaptação em comparação com outras raças taurinas.

Nesta terça-feira, 16 de setembro, o zootecnista Alexandre Zadra, especialista em genética e cruzamento industrial de bovinos, respondeu à pergunta no quadro “Giro do Boi Responde”. Ele explicou que a adaptação do Caracu é resultado de um longo processo de seleção natural e de suas características fisiológicas.

Seleção natural: o segredo da adaptação do Caracu

Vaca Caracu com bezerro ao pé em área de pasto. Foto: Acervo/Renato Francisco Visconti Filho

As raças ibéricas, das quais o Caracu é descendente, foram trazidas ao Brasil há 500 anos. Os animais que sobreviveram a esse longo processo de evolução, por seleção natural, foram os mais adaptados ao clima tropical.

O especialista explica que a adaptação do Caracu é resultado de um conjunto de características fisiológicas:

  • Couro mais grosso: O que ajuda a proteger o animal contra carrapatos.
  • Pelos mais curtos: Que facilitam a troca de calor com o ambiente.
  • Vascularização: A maior vascularização da pele contribui para a termorregulação.

Essas características tornam o sistema termorregulatório do Caracu mais eficiente em relação aos taurinos do frio. É por isso que ele se adapta bem ao calor e pode cobrir vacas a pasto em regiões como o Centro-Norte do país, sem os problemas de estresse térmico de outras raças europeias.

Acompanhe todas as atualizações do site do Giro do Boi! Clique aqui e siga o Giro do Boi pela plataforma Google News. Ela te avisa quando tiver um conteúdo novo no portal. Acesse lá e fique sempre atualizado sobre tudo que você precisa saber sobre pecuária de corte!

O Caracu e o cruzamento industrial no trópico

A rusticidade e a resistência ao calor do Caracu o tornam uma excelente opção para o cruzamento industrial com o Nelore. O cruzamento de um taurino adaptado com um zebuíno resulta em um animal meio-sangue, que tem o melhor das duas raças: a rusticidade e a adaptação do zebuíno e a qualidade de carcaça e a precocidade do taurino.

O Caracu, juntamente com o Senepol, é uma das raças mais indicadas para a pecuária extensiva no trópico. A sua capacidade de se adaptar ao calor, de ter um bom desempenho reprodutivo e de produzir um bezerro de qualidade o torna uma ferramenta valiosa para o pecuarista que busca alta lucratividade na pecuária.

News Giro do Boi no Zap!

Quer receber o que foi destaque no Giro do Boi direto no seu WhatsApp? Clique aqui e entre na comunidade News do Giro do Boi.

Sair da versão mobile