Pecuária colombiana é exemplo para o Brasil no combate às plantas daninhas

No país sul-americano, é comum a prática de limpeza das áreas de pastagens através da aplicação de herbicidas. Isso faz com que os “ganadeiros” colombianos consigam uma produtividade média de 7/UA/HA, enquanto que no Brasil não atingimos nem a metade desse número, no Mato Grosso, por exemplo, a Embrapa Agrossilvipastoril, sediada em Sinop, estima uma lotação de apenas 3/UA/HA na região que mais produz carne e grãos do país.

Em entrevista ao Giro do Boi desta terça-feira, 19, o engenheiro agrônomo e líder de Transferência de Tecnologia para a América Latina da Corteva Agriscienses – Divisão Agricola DowDupont, Gustavo Tofoli, trouxe alguns números que deixaram o pecuarista brasileiro ainda mais apreensivo. É a oportunidade que temos em aumentar a produção de carne e leite por hectare ao combater e controlar as plantas daninhas. Segundo o especialista, a Colômbia é um ótimo exemplo de pecuária evoluída. No país sul-americano, é comum a prática de limpeza das áreas de pastagens através da aplicação de herbicidas. Isso faz com que os “ganadeiros” colombianos consigam uma produtividade média de 7/UA/HA, enquanto que no Brasil não atingimos nem a metade desse número, no Mato Grosso, por exemplo, a Embrapa Agrossilvipastoril, sediada em Sinop, estima uma lotação de apenas 3/UA/HA na região que mais produz carne e grãos do país.

Essa informação coloca em “xeque” um Brasil que necessita aumentar a sua produtividade e a quantidade de alimento para atender a crescente demanda mundial. Tofoli explicou que a Corteva destina de 7 à 10% de sua receita para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, enquanto que outras empresas do ramo aplicam apenas de 1 à 3% para desenvolver um determinado produto destinado ao agro. “É esse o grande diferencial da Corteva, o de investir boa parte de sua receita na criação de tecnologias para mudar o perfil de produtividade da agricultura e da pecuária mundial”, disse. E foi exatamente isso que aconteceu na pesquisa e no desenvolvimento da Tecnologia XT de combate e controle das plantas daninhas existentes no Brasil. Após mais de uma década de estudos, em 2018 a companhia lançou no mercado esse revolucionário herbicida que combate mais de 80% das plantas daninhas, via foliar, em espécies lenhosas e semilenhosas.

O especialista também explicou que na América Latina países como o Paraguai e o Brasil ainda necessitam quebrar paradigmas de tomar medidas paliativas como o uso da roçadeira, que “mascara” um possível controle das infestações. “É preciso acreditar na tecnologia para aumentar os seus índices produtivos”, acrescentou, elogiando as medidas já tomadas pela Colômbia nesse sentido. Tofoli trabalha numa área um pouco diferente do ramo da pesquisa, ele coordena um grupo de profissionais responsável em levar ao conhecimento do produtor informações técnicas, precisas e de fácil entendimento do produto que ele usa na fazenda. Para isso, o seu departamento tem criado várias frentes como treinamentos e aperfeiçoamento do pessoal que atua na linha de frente, junto com o produtor rural. “Estamos ampliando e capacitando melhor o nosso time de campo, os representantes e os funcionários das lojas veterinárias para que estejam, sempre, prontos a responder qualquer dúvida do pecuarista e isso refletir na concretização das parcerias”, finalizou.

Confira, abaixo, a entrevista completa:

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