O pecuarista Luiz Alberto Camargo, que tem propriedade em Americana-SP, enviou uma mensagem ao Giro do Boi explicando que possui um plantel de vacas Girolando cuja lactação média é de 10 kg por dia. Ele perguntou se este volume de produção será mantido pelas filhas se cruzar estas fêmeas com touro da raça Tabapuã dentro de seu sistema, de pastejo rotacionado com pastagens mistas.
Para atender o criador, a produção do Giro do Boi recorreu ao zootecnista Guilherme Marquez, gerente nacional de produto leite da central Alta Genetics.
“O Tabapuã foi criado para desenvolver um animal que desse mais carcaça, que fosse mais adaptável e desse mais volume de carne. Quando a gente seleciona ele através de uma vaca Girolando, nós estamos promovendo o que a gente conhece como heterose. Nós estamos colocando uma raça que tem aptidão leiteira com uma raça que tem aptidão de carne. Muitos produtores adoram ver os produtos para aproveitarem o macho para fazer a parte de confinamento, a parte de construção de um animal de carne, e as fêmeas vão produzir leite. Mas não vão produzir leite acima das suas mães, que são especializadas em leite”, ponderou Guilherme.
O especialista fez sua recomendação ao criador. “A minha sugestão é a seguinte: utilize um touro Girolando ⅝, que é um touro que tem 62,5% de sangue Holandês e o restante de sangue zebuíno, que vai trazer para o seu rebanho rusticidade e, com certeza, filhas mais produtivas que as suas mães”, projetou.
O zootecnista reforçou ainda a importância de utilizar touros provados para que o resultado seja o esperado. “Agora, lógico, utilize touros provados pelo sumário da Associação Brasileira dos Criadores Girolando ou touros que já possuem avaliação genômica para leite, que aqui temos em vasta quantidade”, frisou.
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Veja a resposta completa no vídeo a seguir:
Foto ilustrativa: Luiz Gustavo Pereira / Reprodução Embrapa