No apanhado da previsão do tempo que foi ao ar nesta sexta, 24, o doutor em meteorologia Marcelo Schneider, coordenador regional do Inmet, órgão vinculado ao Mapa, apontou quais são as áreas que devem ter chuvas acima da média natural para o inverno, sobretudo a partir da segunda quinzena de agosto.
“Onde deve chover mais em agosto, são duas áreas preferenciais. Uma na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, região de Bagé, região de Livramento […] A outra região que fica entre Santa Catarina, Paraná, sul de São Paulo e, especialmente, sul do Mato Grosso do Sul. Estas áreas vão ter chuva abundante, principalmente com o outro sistema que deve chegar mais na virada desta segunda quinzena de agosto”, projetou.
O meteorologista avisou ainda como deve se comportar o tempo no Brasil nos próximos dias, com “altos e baixos” previstos conforme a região. “Os próximos dias vão ser de altos e baixos. A gente tem esse calor, tempo seco, umidade baixa em todo o Brasil Central. Tem uma massa de ar quente e seco que está predominando, a tendência para o próximos dias é continuidade deste tempo seco. E só parte da Região Sul do Brasil que vai ter uma virada brusca na temperatura e também volta a ter chuva”, apontou.
“Até o final da sexta e madrugada do sábado, (a frente fria) também provoca queda na temperatura e chuva sobre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, pegando o limite do Paraná e Extremo-sul do Mato Grosso do Sul. Para se ter uma ideia, nesta sexta-feira (24) ainda as temperaturas do norte do Rio Grande do Sul vão estar acima dos 30º C, também todo o interior, noroeste de São Paulo, Mato Grosso do Sul com 32º C, 34º C, 35º C, 37º C, qse 38º C no norte do Mato Grosso também, com umidade baixa no interior paulista. Estas áreas aqui do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso com umidade em torno de 20%, 15%, em estado de alerta, estado de atenção muito redobrado porque a evaporação é muito grande”, advertiu Schneider.
A queda brusca na temperatura acontece já no sábado, de acordo com o coordenador do Inmet. “Sábado amanhece já com temperaturas casa dos 4º C, 5º C na Serra Gaúcha. Porto Alegre com 6º C, 7º C, a fronteira toda com baixas temperaturas e a gente vai ver também que tem possibilidade de formação de geada”, indicou. Schneider comentou que o sul do MS e até a capital Campo Grande vai dos 30º C nesta sexta para 6º C a 8º C no sábado. O lado positivo da variação na temperatura, segundo o meteorologista, é que o tempo frio espanta a nuvem de gafanhotos da fronteira com o Brasil.
Ainda de acordo com o especialista, há previsão de precipitações também para o Norte do País, em áreas da Amazônia, e para o Recôncavo Baiano.
Schneider aproveitou o espaço também para responder perguntas de telespectadores, caso de Erlan Silva, de Jucás, no Ceará, que disse que em sua região houve mais chuva do que a média. “Aqui tem mapas de previsão para agosto, setembro e outubro, mas principalmente agosto ainda pode ter tendência de chuva. Ela diminui bastante no litoral do Ceará, mas ainda continua. E para o Semiárido, praticamente já não chove nestes próximos meses, mas tem um pouco mais de umidade em comparação com os anos anteriores”, estimou.
Já o telespectador Jefferson Cardoso, de Ribeirão Preto-SP, deve se preparar para variações de temperatura nos próximos meses, conforme respondeu Schneider. “Ele deve contar com maior parte dos dias quentes e secos, mas com alguns dias de intensa invasão de massa de ar polar. É o que a gente pode ver nesses mapas, não só de agosto, mas para setembro e outubro”, elucidou.
+ Tempo deve ficar mais seco do que a média ao longo do inverno no Brasil
Veja a previsão do tempo completa no vídeo a seguir: