Vale a pena semiconfinar gado cruzado?

Zootecnista fez recomendações para produtor que pretende terminar gado cruzado no sistema de semiconfinamento

Em entrevista ao Giro do Boi no final de abril, o zootecnista formado na Universidade Federal de Viçosa, mestre, doutor e pós-doutor pela Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, Pedro Veiga, gerente global de tecnologia da Nutron, marca de nutrição animal da Cargill, respondeu dúvida de um telespectador a respeito do semiconfinamento de gado cruzado.

“O cruzado come mais. Só que este é um ponto importante para a gente deixar claro: o pecuarista pergunta para a gente até que ponto vale a pena usar animal cruzado, principalmente o F1 Angus, que é o mais usado hoje, porque ele é um animal que come mais. E ele realmente come mais, só que ele transforma mais do que ele está comendo em carcaça. A gente já fez estudos comparativos em clientes grandes nossos que têm um monitoramento bem confiável, comparando animais contemporâneos. Se eu comparo o Nelore com o cruzado, principalmente raça europeia, o cruzado vai comer mais, só que o que ele ganha a mais de carcaça. Mais do que compensa o que ele vai comer a mais. Então é um animal interessante, animal que eu posso apertar mais a mão na dieta”, indicou.

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O zootecnista aconselhou também ajustes na energia da dieta para aproveitar o potencial do animal cruzado semiconfinado. “Então um animal cruzado eu posso colocar uma dieta mais energética, uma quantidade maior de ração que ele vai ter menor propensão a ter problemas metabólicos e vai responder em ganho de carcaça, produzir uma carcaça pesada e bem acabada”, concluiu,

Veja outros trechos da entrevista de Pedro Veiga sobre semiconfinamento:

Diferenças entre confinamento, semiconfinamento e terminação intensiva a pasto

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