Alimentação

Vaca obesa: por que esse tipo de animal é muito ruim para a fazenda

Ajustar a alimentação para uma dieta menos calórica pode ajudar na redução de peso.

Uma vaca obesa pode indicar que o manejo nutricional da fazenda pode estar equivocado, passando do ponto na quantidade de fibra, minerais, proteínas e principalmente, energia. 

O desequilíbrio nutricional pode impactar no peso dos animais de produção, principalmente o gado leiteiro e, além de comprometer a saúde, compromete também a produtividade e a reprodução do rebanho.

Além da queda na produção, as vacas obesas também comprometem a qualidade do leite produzido, visto que há uma mudança em sua composição.

A obesidade em bovinos também é uma das principais causas do aumento da suscetibilidade a infecções, como a mastite e metrite.

Balanceamento da dieta da vaca

Vacas obesas no início da lactação perdem mais pontos de ECC que vacas magras.

O excesso de proteínas pode sobrecarregar o fígado dos animais que gastam mais energia para eliminar o excesso de proteína pela urina. Proteína em excesso também pode ter impactos reprodutivos.

Já o excesso de energia na dieta pode se transformar em gordura acumulada e evoluir para distúrbios metabólicos. Esses distúrbios podem comprometer a ingestão de alimentos, sobretudo, no início da lactação.

As fibras em excesso diminuem a densidade energética da dieta e a produtividade das vacas pode cair. Quando os níveis de fibra são inferiores aos adequados, as vacas podem apresentar distúrbios alimentares, dentre eles a acidose, que impactam o teor de gordura do leite.

Para evitar o desequilíbrio alimentar dos animais, é imprescindível que o pecuarista consulte um zootecnista, para elaboração de uma dieta que atenda as necessidades da fazenda.

Conhecendo melhor o escore de condição corporal (ECC)

Acertar no ECC é garantir bons índices reprodutivos.

O escore de condição corporal (ECC) dos bovinos é muito importante para embasar as alterações no manejo nutricional dos animais.

Conhecer o ECC da vacada ajuda o pecuarista a tomar decisões assertivas na condução da reprodução.

Para avaliar é necessário observar algumas regiões do corpo da vaca, olhando para a deposição de gordura nas últimas costelas, linha dorso lombar que cobre a coluna vertebral e a região de inserção da cauda.

A avaliação do ECC se baseia em uma escala que varia entre 1 a 5 pontos, onde 1 representa ausência de camada de gordura, ossos aparentes e cavidade aprofundada na base da cauda, e 5, que se caracteriza por uma camada de gordura densa e base da cauda arredondada. Vacas obesas no início da lactação, tendem a perder mais pontos de ECC em relação a vacas mais magras. A gordura em excesso induz o animal a diminuir o consumo alimentar nas primeiras semanas de lactação, o que aumenta a probabilidade de doenças pós-parto.

Para uma lactação mais saudável e produtiva, o pecuarista deve priorizar um ECC na casa de 3 pontos.

Link externo:

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/31226479/metodo-simples-de-avaliacao-corporal-ajuda-a-aumentar-a-taxa-de-prenhez-em-17

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