Segundo o doutor em meteorologia Marcelo Schneider, coordenador regional do Inmet, órgão vinculado ao Mapa, o tempo deverá ser mais seco, com períodos mais longos de estiagem, ao longo do inverno no Brasil.
A próxima estação começa de forma oficial neste sábado, dia 20, às 18h44, e se caracteriza por menos chuva com tempo mais seco, umidade baixa e muita variação de temperatura entre madrugadas frias e tardes mais quentes, reservando as chuvas para o Extremo-Norte e litoral do Nordeste no Brasil, de maneira geral.
“A previsão do Inmet para os meses de junho a setembro indica condições de tempo mais secas do que a média, então deve ter um período mais longo de estiagem, principalmente no Centro-Sudeste. Seria entre Goiás, parte de Minas Gerais, Tocantins, parte leste do Mato Grosso, aos amigos de Alta Floresta, também aqui no sul do Pará, terão tempo mais seco […].
Todo litoral do Nordeste, vai pro Recôncavo Baiano, indo também aqui no Maranhão e Extremo-Norte do País, com chuvas acima do normal para a época do ano.
No Sul, uma chuva irregular, tendência de ficar a maior parte da região na média, algumas áreas entre Santa Catarina e Paraná podem ter chuva um pouco acima do normal. No Rio Grande do Sul, a boa notícia é que com a chegada das frentes frias, a chuva deve ficar volumosa principalmente na fronteira. Algumas áreas do centro (do RS) podem ter períodos de chuva acima e chuva abaixo da média, então ao longo dos três meses, a estação será bem variada no centro do Rio Grande do Sul.
Em termos de temperatura, a gente prevê um inverno de altos e baixos. A temperatura, se ficar acima do normal, será em toda essa região Central do Brasil. No Sul do país, algumas frentes frias podem ser fortes, com massa de ar polar, então no Rio Grande do Sul, a tendência é de temperaturas de normal para baixo, indo esse previsão até Santa Catarina. E o leste da região Nordeste, com a entrada do vento marítimo, deve ter áreas aqui entre Bahia, Espírito Santo, nordeste de Minas Gerais, com temperaturas um pouco mais baixas do que o normal. Então em linhas gerais estas são as perspectivas do clima para este inverno que começa no próximo sábado”, resumiu o meteorologista.
Schneider falou também sobre a projeção para ocorrência do fenômeno La Niña, que se apresenta como tendência. “A gente tem a tendência da ocorrência do fenômeno La Niña, […] e há uma tendencia desta água mais fria que está em azul sinalizada transcorrer e ficar também na parte mais central, que caracteriza a região da formação do La Niña, mas por enquanto ainda não tem nada de oficialmente configurado. A tendência é de que se configura ao longo do mês de julho, principalmente do meio para o final do inverno, então mês de agosto ou setembro, provavelmente, a gente tem a formação configuração do fenômeno La Niña”, apontou.
O meteorologista disse ainda que no curto prazo, deve haver virada no tempo em toda a Região Sul a partir da próxima quinta, 25, com a chegada de uma frente fria moderada, levando condições de chuvas também para parte do Brasil Central, passando por PR, SP, MS possivelmente chegando ao Extremo-Sul de Goiás e Minas Gerais também.
Veja a previsão completa no vídeo a seguir: