Existe uma hora certa do dia para oferecer o trato diário do semiconfinamento e da terminação intensiva a pasto, a TIP? A resposta é sim, conforme disse ao Giro do Boi nesta quarta, dia 13, o zootecnista e consultor técnico da Terra Desenvolvimento Agropecuário, Gustavo Bertoldi.
“A gente tem que levar em conta, sim, o horário do trato. O que a gente indica na prática? Por volta das 10 horas da manhã, ou final da manhã. Por quê? O bovino, assim como os humanos, eles têm preferências e hábitos alimentares. Quando ele levanta para ir pastejar nas primeiras horas do dia, os horários mais frescos, ele vai, faz o pastejo e quando começa a esquentar ele vem procurar uma área de sombra, uma área beirando o cocho, as aguadas. Você fornecendo o trato neste momento, você não faz o efeito substitutivo do consumo daquela forragem, e sim efeito aditivo, então você tem um ganho com isso”, informou Bertoldi.
Bertoldi reforçou que estes sistemas mais intensivos ajudam o pecuarista a ganhar dinheiro ou deixar de perder em meio à seca. Na última entressafra, por exemplo, no estudo de benchmarking que a Terra Desenvolvimento realiza em parceria com o Inttegra, o uso de uma estratégia para a seca foi um dos fatores em comum entre as fazendas de maior lucro. Relembre pelo link abaixo:
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Bertoldi advertiu os pecuaristas que fazem as contas da fazenda somente no período das águas. “Não pode esquecer que o ano tem 12 meses. Ele não pode fechar a fazenda de junho a outubro, então tem que eficiente e produzir nesse período”, destacou.
O zootecnista disse que neste momento em que a entressafra já teve início para a maior parte do Brasil pecuário, o produtor não está com tempo para escolher aquela que seria a melhor estratégia nutricional. “Mas ainda dá tempo de escolher qual é a estratégia possível, apaga-fogo”, ponderou. Mas o momento, segundo o consultor, pode servir inclusive para planejar o que será viável na entressafra de 2021.
O que o produtor não deve fazer, de acordo com o especialista, é manter o boi pesado ainda não terminado durante o período de seca na fazenda, porque custa mais caro do que qualquer estratégia de terminação, seja semiconfinamento, TIP ou boitel.
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Em sua entrevista, Bertoldi explicou como o semiconfinamento pode servir mais do que a mera terminação, como também para resgatar categorias específicas dentro da fazenda dos piores pastos, como as primíparas, que podem estar prenhes com bezerro ao pé, por exemplo.
O consultor deixou seu e-mail para produtores que eventualmente tenham dúvidas sobre sistemas intensivos em meio à entressafra – gustavo@terradesenvolvimento.com.br.
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Veja a entrevista completa no vídeo a seguir: