SEMANA DA SANIDADE ANIMAL

Verminose: pecuarista não nota, mas ela “come” US$ 7,1 bilhões todos os anos no País

Impacto econômico da verminose desafia pecuaristas brasileiros, segundo Karoliny Farias, zootecnista e coordenadora de território da Boehringer Ingelheim

Verminose: pecuarista não nota, mas ela “come” US$ 7,1 bilhões todos os anos no País
Verminose: pecuarista não nota, mas ela “come” US$ 7,1 bilhões todos os anos no País

Verminose bovina é um problema silencioso que causa perdas significativas na pecuária de corte e leite no Brasil. Segundo dados da Embrapa, os prejuízos anuais chegam a impressionantes 14 bilhões de dólares, dos quais mais de 7 bilhões são atribuídos exclusivamente a verminoses. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Durante uma entrevista em Fortaleza, Karoliny Farias, zootecnista e coordenadora de território da Boehringer Ingelheim, destacou como um manejo adequado, aliado a produtos de qualidade, pode mitigar essas perdas e melhorar o desempenho dos rebanhos.

A entrevista abre a “Semana da Sanidade”, com entrevistas especiais sobre saúde de bovinos de corte no Giro do Boi. E o tema abre com a questão do controle de vermes no gado.

A vermifugação correta é vital para a saúde do rebanho, especialmente em regiões como o Nordeste, onde a escassez de alimentos durante períodos secos acentua a competição entre bovinos e parasitas. Manter os animais saudáveis garante que todo o alimento ingerido seja convertido em ganho de peso, aumentando a eficiência nutricional das dietas fornecidas.

Os desafios invisíveis das verminoses

Entre os ectoparasitas visíveis como carrapatos e mosca do chifre, as verminoses são frequentemente subestimadas pelos pecuaristas.

Karoliny Farias explica que, embora os carrapatos sejam notados facilmente, os prejuízos causados por vermes internos são mais que o dobro dos custos gerados por esses ectoparasitas visíveis. Na prática, isso significa que cada quilo de ganho de peso perdido para vermes é um custo que o pecuarista poderia ter economizado.

A pesquisa revela que muitos pecuaristas somente realizam vermifugação ao observar sinais clínicos de infestação, como emagrecimento ou diarreia, desconsiderando os casos subclínicos que também afetam o ganho de peso e performance dos animais.

A implementação de um calendário sanitário precoce e periódico é crucial para a prevenção eficaz e redução de perdas.

Estratégias de controle e impacto financeiro

Para combater as verminoses, Karoliny recomenda pelo menos três ciclos de vermifugação anuais, priorizando os inícios e finais das águas, além de períodos secos cruciais no Nordeste.

Utilizar produtos adequados, como o Ivomec, pode ajudar a manter os rebanhos livres de parasitas durante todo o ano. O Ivomec Gold, por exemplo, é indicado para animais maiores, oferecendo proteção prolongada que se adapta ao ciclo de pastagem e manejo.

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O custo de manutenção de um rebanho saudável com vermifugação não ultrapassa 5% dos custos totais, enquanto os benefícios incluem performances significativamente melhores, conversão alimentar mais eficiente e redução do impacto dos custos de produção.

Essa prática não apenas protege os investimentos já feitos em suplemento e alimentação, mas também maximiza o retorno sobre esses investimentos.

Conclusão: prevenção é o melhor investimento

Para muitos pecuaristas, a verminose é uma dor invisível, mas sentida fortemente no bolso. Investir na saúde do rebanho por meio de um calendário sanitário consistente e uso de vermífugos de qualidade pode reverter o quadro atual de perdas.

O desempenho adequado garante que o custo dos insumos, que pode atingir até 90% dos custos em confinamento, seja eficazmente convertido em retorno produtivo.

Ao priorizar a vermifugação preventiva e adequada, os pecuaristas têm a oportunidade de proteger seus negócios contra um dos maiores drenos de lucro do setor. A verminose, embora invisível, não deve ser ignorada, pois em última instância, seu controle é essencial para uma pecuária mais produtiva e lucrativa no Brasil.

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