Variedades de capins para áreas alagadas: saiba como fazer recuperação deste pasto

Produtores que lidam com áreas alagadas, como o Caetano Silva, da Fazenda Santa Cruz em Acopiara (CE), enfrentam desafios para garantir uma rebrota saudável do capim. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações detalhadas.

Em resposta a uma consulta no “Giro do Boi Responde”, o zootecnista Edmar Peluso, especialista em forragicultura, detalha o manejo ideal para gramíneas adaptadas a áreas úmidas, como o capim paulistinha e a brachiaria humidicola.

Disponibilidade de água e fertilidade

Para Peluso, em áreas permanentemente alagadas, a fertilidade costuma ser naturalmente elevada devido à movimentação de nutrientes pela água, o que torna a adubação dispensável.

Já em locais com drenagem melhor, onde a produção é mais controlada, investimentos em fertilização podem valer a pena. Assim, ele orienta que a aplicação de corretivos seja limitada às áreas bem drenadas, onde é possível intensificar a produção.

Pastejo e controle de altura

Um ponto crítico para a rebrota vigorosa é o manejo do pastejo. Peluso explica que tanto o pastejo excessivo quanto a altura excessiva prejudicam a recuperação do pasto. Em pastos constantemente rebaixados, as raízes ficam enfraquecidas, o que retarda a rebrota.

Já o pasto muito alto, típico de áreas inutilizadas durante o ano, também apresenta rebrota lenta. O ideal é manter uma altura intermediária, onde o gado pasteje sem baixar muito a estrutura folhosa, assegurando uma recuperação mais rápida.