No quadro “Giro do Boi Responde”, Tiago Felipini, especialista em nutrição animal e consultor da Alcance Planejamento Rural, compartilhou suas sugestões sobre a utilização de tapetes hidropônicos de milho para nutrir vacas durante a seca. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações completas.
A dúvida veio de Lobato Souza, de Antas, no semiárido baiano, que busca melhorar o manejo alimentar de suas matrizes para inseminação com touro Girolando 5/8, adaptadas ao clima seco da região.
Felipini orientou que a dose recomendada de milho hidropônico para cada vaca é de 20 a 25 kg por dia. Para vacas de alta produtividade, produzindo mais de 18 kg de leite por dia, essa quantidade pode ser aumentada, adaptando a nutrição às necessidades específicas de produção.
No entanto, ele destacou que, apesar do milho hidropônico ser uma opção viável, considerar a palma forrageira pode ser uma escolha mais prática e econômica para a região.
Alternativas e considerações nutricionais
Tiago explicou que a palma forrageira, especialmente sob condições de irrigação controlada, pode oferecer um volume maior de alimento com menor custo e complexidade comparado à hidroponia.
O adubo utilizado na hidroponia tende a ser mais caro, o que torna a produção de palma potencialmente mais vantajosa, oferecendo segurança e reduzindo a dependência de energia elétrica e o risco de pragas.
Fontes proteicas para a suplementação
Além dos volumosos, Felipini enfatizou a importância de suplementar a dieta das vacas com fontes proteicas. Ele recomendou o uso de farelo de algodão sem casca, devido à sua elevada concentração de proteína bruta.
Caso o farelo de algodão não esteja disponível, o farelo de soja é uma alternativa eficaz. Complementar a dieta com sal mineral de qualidade, especialmente formulado para reprodução, é essencial para assegurar que os animais recebam todos os nutrientes necessários.
Considerações finais sobre os tapetes hidropônicos de milho
O uso de tapetes hidropônicos de milho, assim como a palma forrageira, pode ser crucial para enfrentar os desafios do semiárido, garantindo que o gado se mantenha saudável e produtivo mesmo nas condições mais adversas.
Felipini encoraja produtores a avaliarem suas opções cuidadosamente, considerando tanto as necessidades específicas das vacas quanto os recursos disponíveis na propriedade.
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