
A dúvida do pecuarista Clenilton Brilhante, de Xinguara (PA), sobre o uso de inoculante na silagem de milho ensacado foi tema do quadro Giro do Boi Responde desta quarta-feira (2). Confira no vídeo abaixo a recomendação na íntegra.
Quem respondeu foi o zootecnista Edson Poppi, especialista em silagem com mais de 40 anos de experiência no Brasil. A resposta dele foi direta:
“Indico sim. É muito importante.”
Segundo Poppi, o uso do inoculante se torna ainda mais necessário no sistema de silagem ensacada, devido ao maior risco de entrada de oxigênio.
“Você está ensacando o material e, diferente de um silo trincheira bem compactado, a entrada de ar é praticamente inevitável”, alertou.
Inoculante reduz perdas e melhora a qualidade do produto final
A função do inoculante na silagem é promover uma fermentação mais eficiente e controlada, acelerando o abaixamento do pH e evitando a proliferação de fungos e bactérias indesejáveis.
“Sem inoculante, o risco de esquentamento e mofo aumenta muito, e isso compromete a qualidade da silagem”, explica Poppi.
Para quem vende silagem, o uso do inoculante é também uma forma de agregar valor ao produto.
Uma silagem bem conservada, estável e sem perdas nutricionais se torna um diferencial competitivo no mercado, além de transmitir mais confiança para o comprador.
Escolher um bom inoculante faz toda a diferença
Edson Poppi ressalta que não basta apenas usar qualquer produto. A escolha do inoculante certo é fundamental.
“Procure sempre por marcas de empresas idôneas, com tradição no mercado. Isso garante um produto confiável e resultados consistentes no campo.”
Ele também lembra que o uso do inoculante não substitui os cuidados básicos com a compactação, vedação e higiene na produção da silagem.
Mas é um aliado indispensável, especialmente quando se opta pelo modelo ensacado, onde a exposição ao ar e ao calor pode ser mais intensa.
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Silagem ensacada exige atenção redobrada
Apesar de prática e acessível, a silagem de milho ensacada é mais sensível a falhas no processo de conservação.
Isso ocorre porque os sacos podem sofrer microfuros ou vedação imperfeita, facilitando a entrada de oxigênio e, com isso, a deterioração da massa ensilada.
Com o uso do inoculante adequado, essa deterioração é minimizada, já que as bactérias benéficas competem com os micro-organismos indesejados e estabilizam o material mais rapidamente.
Mais produtividade e segurança no cocho
Ao garantir uma silagem mais estável e nutritiva, o produtor evita perdas e melhora o desempenho do rebanho.
O uso do inoculante é um investimento pequeno, mas com alto retorno, especialmente se comparado às perdas que podem ocorrer sem ele.
“Com inoculante, você tem um produto que não esquenta, não mofa e mantém seu valor nutritivo. É essencial para quem quer garantir resultado, seja para uso próprio ou para comercialização”, conclui Edson Poppi.
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