DÚVIDA DO PRODUTOR

Saiba porque “festival de raças” é ruim para produção para corte e leite

Confira as recomendações detalhadas de Guilherme Marquez, zootecnista, um dos grandes especialistas em genética de gado de leite do Brasil e um dos grandes embaixadores de conteúdo do Giro do Boi

Saiba porque “festival de raças” é ruim para produção para corte e leite
Saiba porque “festival de raças” é ruim para produção para corte e leite

No quadro “Giro do Boi Responde” desta sexta-feira, 19 de julho, o zootecnista Guilherme Marquez, um dos maiores especialistas em genética de gado de leite do Brasil e embaixador de conteúdo do programa, respondeu a uma dúvida do pecuarista Arthur Caixeta, de Cascavel, no Paraná. Assista ao vídeo e confira.

Arthur tem um rebanho de vacas leiteiras composto 50% de sangue Charolês, 25% Jersolando e Guzonel, resultantes de diversos experimentos.

Com uma média de 8,5 litros diários de leite a pasto e um alto percentual de gordura de cerca de 4,5%, Arthur busca melhorar a produção introduzindo um touro Gir Mocho provado, visando obter bons machos para corte e fêmeas com melhor produção leiteira.

Resposta de Guilherme Marquez

Aqui está a análise de Guilherme Marquez sobre a questão proposta por Arthur:

“Arthur, minha resposta para você é clara e direta. A introdução de uma nova raça, especialmente em um rebanho já composto por cinco raças diferentes, pode não ser a melhor estratégia. A genética ensina que quanto mais raças envolvemos no cruzamento, mais perdemos o vigor específico de cada uma e o chamado vigor híbrido. Consequentemente, as características desejadas de cada raça tendem a se diluir.”

Guilherme Marquez

Acompanhe todas as atualizações do site do Giro do Boi! Clique aqui e siga o Giro do Boi pela plataforma Google News. Ela te avisa quando tiver um conteúdo novo no portal. Acesse lá e fique sempre atualizado sobre tudo que você precisa saber sobre pecuária de corte!

Redução das raças envolvidas na fazenda

Dado o seu rebanho composto por inúmeras raças, sugerir a inclusão de mais uma pode comprometer as qualidades que você buscava ao realizar esses cruzamentos. Minha recomendação seria reduzir a complexidade das raças envolvidas.

De forma mais específica, em vez de adicionar uma nova raça, como o Gir Mocho, talvez seja mais vantajoso fixar características de raças já presentes no seu rebanho.

Consideraria aumentar a presença do Guzerá leiteiro, combinando-o com o Guzonel, que você já possui. Isso poderia fortalecer a contribuição genética para a produção leiteira.

Investir em embriões

Porém, a solução mais técnica e que poderia lhe proporcionar resultados mais tangíveis seria investir em embriões. Minha sugestão é utilizar suas vacas como receptoras, dadas suas capacidades produtivas e maternas.

Optaria por embriões de raças comprovadas em produção de leite, como Girolando, Gir Leiteiro, Jersey, Holandês ou Guzerá com provas de produção de leite. Essa abordagem oferece resultados mais concretos e palpáveis, com maior potencial para elevar a lucratividade da sua fazenda.

News Giro do Boi no Zap!

Quer receber o que foi destaque no Giro do Boi direto no seu WhatsApp? Clique aqui e entre na comunidade News do Giro do Boi.

Tem dúvidas? Envie sua pergunta

Você também pode obter resposta à sua pergunta sobre qualquer dúvida que tiver na fazenda.

Envie para o quadro Giro do Boi Responde no link do WhatsApp do Giro do Boi, pelo número (11) 93310-7346 ou ainda pelo e-mail girodoboi@canalrural.com.br.

Sair da versão mobile