Manter o pasto limpo e saudável é desafio para muitos pecuaristas, e no caso do Talles Ferreira, da cidade de Buriticupu, no Maranhão, o problema é uma planta daninha que o gado não consome, possivelmente o furão. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Nesta quinta-feira, 24 de outubro, o agrônomo Március Gracco, da Intensifique Consultoria Agropecuária, respondeu à dúvida no quadro “Giro do Boi Responde”, oferecendo dicas valiosas de controle.
Identificação da planta e manejo adequado
Gracco esclareceu que, mesmo sem uma identificação precisa da planta, o caso apresentado é bastante comum em áreas com manejo inadequado. Plantas invasoras, como o furão ou o capim-navalha, se aproveitam de falhas no manejo das pastagens, tornando-se dominantes.
O especialista recomendou que, antes de iniciar o controle químico, o produtor avalie a taxa de infestação.
“Se mais de 35% da área estiver infestada, é ideal considerar uma reforma de pasto. Caso contrário, você pode baixar a altura das plantas com uma roçada e, em seguida, aplicar herbicida”, explicou Gracco.
Aplicação de herbicidas e controle integrado
Sobre o uso de herbicidas, Március orientou que, sim, o controle pode ser realizado durante o período das águas, desde que seja feito corretamente.
“O glifosato é eficaz para o controle das invasoras, principalmente após uma roçada que facilite a penetração do produto. Além disso, a atrazina é uma opção para segurar a sementeira dessas plantas indesejáveis”, destacou o agrônomo.
Ele ainda reforçou que um controle integrado, que combine o uso de herbicidas com práticas mecânicas, como a roçada, é a chave para resultados mais duradouros.
Técnicas alternativas e uso de herbicidas específicos
Para as plantas de estrutura mais resistente, como ervas duras e brotações rígidas que não são facilmente eliminadas com o manejo padrão, Gracco sugeriu o uso de herbicidas mais fortes, como o fluroxipir e o triclopir, este último combinado com óleo diesel para melhorar a eficiência.
“Esses herbicidas são indicados para controlar as ervas maiores, especialmente nas fases iniciais das águas”, afirmou.
Além disso, Gracco mencionou que, caso o produtor prefira métodos alternativos, o corte manual com facão ou foice seguido pela aplicação de um produto como o Thordon no toco da planta também é eficaz.
Essas práticas são essenciais para garantir que o pasto se mantenha saudável, sem que as invasoras tomem conta e comprometam o desempenho da criação.
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