MANEJO DE PASTAGEM

Quais as gramíneas e o melhor tipo de adubação para solo arenoso?

Confira as dicas práticas para aprimorar pastos em áreas de baixa fertilidade na Bahia

Quais as gramíneas e o melhor tipo de adubação para solo arenoso?
Quais as gramíneas e o melhor tipo de adubação para solo arenoso?

Edmar Peluso, zootecnista e mestre em pastagem e forragicultura, esclarece uma dúvida pertinente do produtor de leite Adeilson da Cruz, sediado na zona rural de São Desidério (BA), sobre qual gramínea é indicada para solo arenoso e as melhores práticas de adubação. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.

Para regiões com acesso à irrigação e solos de boa fertilidade, Peluso destaca o capim Panicum e Tifton 85 como opções de alta qualidade.

O Panicum, no entanto, mostra sazonalidade com produção intensa no período de chuvas e redução durante a estação seca, o que demanda um entendimento e manejo adequado da lotação de gado em diferentes épocas do ano.

Adaptações produtivas e homogêneas

Para uma produção mais estável ao longo do ano, as gramíneas Mombaça e Tifton são recomendadas, pois apresentam menor variação sazonal, mantendo boa produtividade tanto nas chuvas quanto na seca.

Já as braquiárias são mencionadas como alternativas para solos com exigências menores de fertilidade, com destaque para as variedades Braquiarão, Piatã, Paiaguás e MG-5.

Fundamentos da adubação

Trator em operação de formação de área de pastagem. Foto: Divulgação

Quanto à adubação em áreas arenosas, Peluso ressalta a importância de uma base sólida utilizando calcário e gesso para adequar a química do solo, além de fósforo solúvel durante a fase de formação das pastagens.

A manutenção depende de análises de solo regulares para ajustar a proporção ideal de nitrogênio e potássio e, em certos intervalos, uma nova calagem.

Adubações nitrogenadas

Nas pastagens irrigadas, é crucial realizar adubações nitrogenadas consistentes com a saída do gado dos piquetes.

A utilização de ureia, por exemplo, pode acidificar o solo, exigindo calagem periódica a cada dois a quatro anos, conforme a intensidade do uso e os indicadores de solo.

Espera-se que essas orientações ajudem produtores como o Adeilson da Cruz a otimizar a produção leiteira em sua propriedade, combinando escolhas inteligentes de forrageiras com estratégias de adubação eficazes.

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