Cleisson Reis, pecuarista do município de São Félix do Xingu, no Pará, onde se encontra o maior rebanho bovino do país, enfrenta uma alta infestação de plantas daninhas em seus pastos. Apesar de ter experiência com fazendas em outras regiões do Brasil, Cleisson nunca viu tamanha infestação como a que ocorre no sul do Pará. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações.
Em busca de uma solução, ele recorreu ao engenheiro agrônomo Wagner Pires, pós-graduado em Pastagens pela Esalq-USP, consultor do Circuito da Pecuária e autor do livro “Pastagem Sustentável de A a Z”.
Diagnóstico e recomendação técnica
Wagner Pires orienta que o primeiro passo é não se desesperar, pois entende que a natureza reage quando áreas extensas de mata são derrubadas e transformadas em pasto.
O processo de recuperação natural faz com que o mato e plantas invasoras voltem a se proliferar.
A primeira ação recomendada por Pires é procurar por técnicos das revendas locais em São Félix do Xingu para identificar as espécies de plantas daninhas, o estágio de desenvolvimento, o tamanho e a quantidade. Com esse diagnóstico, o técnico pode recomendar produtos herbicidas específicos e as dosagens apropriadas.
Controle contínuo e persistência das plantas daninhas
Pires deixa claro que controlar plantas daninhas exige um processo contínuo e não pode ser resolvido com uma única aplicação de herbicida.
Aplicações anuais são necessárias, com foco em uma eficiência de 60 a 70% na primeira aplicação. No ano seguinte, é crucial realizar uma nova aplicação para controlar as plantas remanescentes e as que germinaram do banco de sementes acumulado no solo.
A persistência no controle das plantas daninhas é essencial. Pires explica que a sementeira das plantas pode germinar em diferentes períodos, protegendo a espécie de uma eliminação completa.
Após três anos de aplicações regulares, o controle das plantas deve evoluir para uma “catação” menos intensa, mantendo os pastos limpos e livres de invasoras.
Trabalho contínuo e persistência no controle
Pires enfatiza que o trabalho de controle de plantas daninhas deve ter início, meio e fim, sendo que a manutenção contínua é fundamental para o sucesso.
Relaxar e abandonar o controle após uma única aplicação pode comprometer o resultado e permitir a disseminação de novas sementes, tornando o problema recorrente.
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