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Pastagem nativa no Pantanal: conheça os estudos que avaliam as mais de cem espécies na região

O pesquisador José Aníbal Comastri Filho da Embrapa Pantanal destaca a importância das gramíneas nativas para a pecuária local. Confira o vídeo

Pastagem nativa no Pantanal: conheça os estudos que avaliam as mais de cem espécies na região
Pastagem nativa no Pantanal: conheça os estudos que avaliam as mais de cem espécies na região

As pastagens nativas do Pantanal desempenham um papel crucial na alimentação dos bovinos criados no bioma, além de contribuir para a preservação das áreas. Conhecer e estudar as características agronômicas, reprodutivas e regenerativas de mais de cem variedades de capim é essencial para identificar as deficiências nutricionais e melhorar a fertilidade das fêmeas e o desenvolvimento dos bezerros. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Em entrevista ao repórter Marco Ribeiro, o pesquisador José Aníbal Comastri Filho, da Embrapa Pantanal, compartilhou os avanços e descobertas das pesquisas realizadas na região.

Estudos e levantamentos das pastagens nativas

A Embrapa Pantanal, desde sua criação em 1975, tem se dedicado ao levantamento das pastagens nativas, fundamentais para a sustentação da pecuária bovina no Pantanal.

“Realizamos avaliações nos laboratórios para verificar a qualidade desses pastos e entender seu valor nutritivo.”

José Aníbal Comastri Filho

Os estudos revelaram que a produtividade do gado pantaneiro pode ser melhorada com a suplementação de sal mineral, especialmente contendo fósforo, que é um dos principais nutrientes deficientes nos solos arenosos do Pantanal.

Características do solo e deficiência de fósforo

O pesquisador destacou que a maioria do solo pantaneiro é arenoso e possui uma baixa porcentagem de fósforo, essencial para a fertilidade das vacas e o crescimento dos bezerros.

“Fizemos experimentos que elencaram cinco formulações de sal mineral, evidenciando que uma delas, com cerca de 75% a 80% de fósforo, dá bons resultados na região.”

José Aníbal Comastri Filho

Esses estudos foram fundamentais para a difusão de práticas de suplementação que hoje são amplamente usadas pelos pecuaristas.

Manejo das pastagens e preparo para a seca

Comastri Filho também mencionou que a única forma efetiva de se preparar para os períodos mais secos no Pantanal é regular a taxa de lotação e reservar áreas de pastagem.

“Além das plantas forrageiras, as pastagens nativas sempre serão a base da alimentação do gado. A visão e o diálogo entre capatazes e peões são essenciais para detectar problemas no manejo e ajustar as taxas de lotação.”

José Aníbal Comastri Filho

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Os estudos conduzidos pela Embrapa Pantanal são fundamentais para a otimização da pecuária no bioma pantaneiro. Com a identificação das deficiências nutricionais e a aplicação de práticas de manejo adequadas, os pecuaristas podem melhorar significativamente a produtividade e a sustentabilidade de suas operações.

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