Quando a geada e a estiagem castigam as pastagens, os desafios para o pecuarista se multiplicam. Com o capim queimado e a estiagem prolongada, muitos produtores, como Maylon Feliciano, de Imaruí, Santa Catarina, enfrentaram sérias dificuldades neste ano. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações detalhadas.
Felizmente, com o retorno das chuvas e o rebrote do pasto, surgem novas oportunidades de manejo. Para auxiliar na suplementação do rebanho, o professor Fernando de Paula Leonel, zootecnista e doutor em zootecnia, esclareceu o tema no quadro “Giro do Boi Responde” desta terça-feira, 3 de dezembro.
O papel do proteinado na manutenção do peso
De acordo com Fernando, em situações onde o pasto está seco ou de baixa qualidade, o uso de proteinado de baixo consumo é uma solução eficiente para manter o peso do rebanho.
Ele explica que o proteinado, que inclui minerais essenciais, é formulado para melhorar a digestibilidade do pasto com baixo teor de proteína, geralmente entre 3% e 4%.
“As bactérias do rúmen, responsáveis pela digestão do pasto, necessitam de proteína, energia, amônia e minerais para funcionar bem. O proteinado fornece todos esses elementos, otimizando a utilização do pasto, mesmo quando este é de baixa qualidade”, afirma Fernando.
Segundo ele, o consumo ideal é de 1 grama por quilo de peso vivo do animal, garantindo o equilíbrio necessário para manutenção.
Estratégia para períodos críticos
Para Maylon, que relatou o rebrote do capim após as chuvas, o professor destacou que é fundamental ter pasto disponível, mesmo que em condição seca.
“O proteinado foi projetado para situações assim, mas ele não resolve o problema sem pasto. É necessário algum volumoso para que os animais mantenham o peso até que o pasto se recupere plenamente nas próximas chuvas”, explicou Fernando.
Além disso, o zootecnista mencionou que a suplementação correta evita perdas significativas e permite ao pecuarista atravessar períodos críticos sem comprometer a produtividade.
“Mesmo que não haja ganho de peso, o proteinado ajuda a manter os animais em boas condições até a melhora da oferta forrageira”, completou.
Escolhendo o proteinado adequado
Fernando recomendou um proteinado com teor de proteína entre 35% e 45%, grande parte proveniente da ureia, que fornece amônia para as bactérias do rúmen.
O produto também deve conter fósforo (entre 15 e 25 gramas por quilo) e ser amplamente disponível no mercado.
“Esse tipo de proteinado é encontrado facilmente em lojas agropecuárias ou com representantes de empresas especializadas. Ele é uma ferramenta poderosa para atravessar períodos difíceis, como os vividos com a geada e a estiagem”, reforçou o professor.
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