A pecuária brasileira enfrenta desafios significativos devido à pior seca registrada desde a década de 1950. Em situações de estiagem prolongada, pecuaristas buscam alternativas eficientes para manter a produtividade dos rebanhos. O engenheiro agrônomo Flávio Portela, professor da Esalq-USP, explica o papel crucial dos coprodutos do milho, como DDG (Dried Distillers Grains) e WDG (Wet Distillers Grains), na suplementação alimentar do gado. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Importância dos coprodutos do milho como DDG e WDG
Portela destaca que a inclusão desses coprodutos na dieta dos bovinos melhora significativamente o ganho de peso e a eficiência alimentar.
Ao extrair o amido do milho para a produção de etanol, concentra-se a proteína, óleo e fibra no DDG e WDG, criando ingredientes com valor proteico e energético superiores ao milho convencional.
Isso os torna particularmente úteis em sistemas de confinamento e semiconfinamento, onde se busca manter a saúde do rúmen e reduzir emissões de metano.
Viabilidade econômica e logística
Na região Sudeste, como em São Paulo, a viabilidade financeira do uso dos coprodutos depende dos custos de frete e da proximidade com as usinas de etanol. Municípios no Mato Grosso do Sul e Goiás já estão adotando esses subprodutos em larga escala, onde o transporte é menos oneroso.
No entanto, Portela ressalta que os benefícios nutricionais muitas vezes superam os desafios logísticos, especialmente durante crises de alimento.
Uso de aditivos e tecnologia na dieta do gado
Além dos coprodutos de milho, o uso de aditivos como ionóforos, probióticos, e enzimas desempenha um papel importante na dieta bovina. Cada aditivo tem um papel específico: melhorar a fermentação ruminal, aumentar a eficiência alimentar, e reforçar a saúde intestinal.
Progresso significativo também tem sido feito no uso de óleos essenciais como alternativas a antibióticos, contribuindo para a saúde e produtividade do rebanho.
Com estas estratégias, os pecuaristas podem enfrentar melhor as adversidades como a atual crise hídrica, assegurando que o gado permaneça saudável e produtivo, mesmo em condições climáticas extremas.
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