Castração de garrotes: qual a melhor idade e se a imunocastração é eficiente?

O médico-veterinário Ademir Ribeiro detalha as estratégias de manejo para otimizar a produção de bovinos com maior qualidade de carne

Castração de garrotes: qual a melhor idade e se a imunocastração é eficiente?
Castração de garrotes: qual a melhor idade e se a imunocastração é eficiente?

A castração de garrotes é um tema vital para pecuaristas que buscam eficiência na produção de carne e controle reprodutivo. Em uma entrevista para o programa “Giro do Boi Responde”, o médico-veterinário Ademir Ribeiro, especialista em manejo e genética, abordou a questão levantada por José Batista, de Santa Rita de Cássia, na Bahia, sobre a melhor idade para castrar e a aplicação de técnicas como a imunocastração. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações detalhadas.

Ribeiro esclareceu que, em um sistema tradicional, recomenda-se castrar os garrotes assim que eles atingem entre 12 e 18 meses de idade.

Nesse período, os animais já passaram pela puberdade e a castração se torna importante para garantir o crescimento adequado, evitando que produzam hormônios que possam impactar o ganho de peso e, consequentemente, a conversão alimentar.

Além disso, a castração nessa faixa etária ajuda a otimizar a qualidade da carne, visto que animais mais jovens tendem a ter uma carne mais macia e saborosa.

Imunocastração como alternativa

A imunocastração, uma estratégia menos invasiva, tem chamado a atenção de pecuaristas. Esta técnica, representada pela vacina Bopriva, permite que o animal mantenha seus testículos, mas sua função hormonal fique inibida, evitando a produção de espermatozoides.

Ribeiro enfatiza que esta abordagem é segura e eficaz, contanto que as aplicações da vacina sejam seguidas conforme o protocolo estabelecido.

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O processo de imunocastração envolve duas aplicações da vacina: a primeira sensibiliza o sistema imunológico, enquanto a segunda, aplicada após um intervalo de 30 a 90 dias, garante a castração efetiva do animal por um período prolongado.

Essa técnica pode favorecer o manejo, permitindo que os garrotes sejam terminados a pasto, respeitando o tempo de ganho ideal para cada animal.

Considerações finais para o manejo eficaz

Técnica de castração de bezerro ao nascimento junto com a cura do umbigo. Foto: Reprodução

O especialista destacou que o sucesso na castração, seja pela técnica cirúrgica ou pela imunocastração, depende do manejo nutricional adequado. Garantir que os garrotes recebam uma dieta balanceada e rica em nutrientes é fundamental para que o processo ocorra de forma eficaz, maximizando a saúde e o bem-estar dos animais.

Além disso, os produtores devem estar sempre atentos às necessidades de cada lote e as particularidades do manejo local.

Com estratégias claras e aplicação do conhecimento técnico, pecuaristas podem não apenas promover a saúde do seu gado, como também otimizar a rentabilidade de suas operações, assegurando o sucesso em suas atividades de produção pecuária.

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