SANIDADE ANIMAL

Carrapato bovino: estes erros causam a resistência do parasito. Saiba quais são

Especialista faz alertas sobre o uso inadequado de produtos e manejo insuficiente que lideram as falhas no controle do carrapato. Assista ao vídeo

Carrapato bovino: estes erros causam a resistência do parasito. Saiba quais são
Carrapato bovino: estes erros causam a resistência do parasito. Saiba quais são

Com o início das chuvas em boa parte do Brasil, a alegria com pastagens renovadas esconde um desafio preocupante: o aumento de parasitas como o carrapato bovino. Esse pequeno, mas devastador inimigo, impacta diretamente o ganho de peso e a produtividade leiteira, além de ser responsável por perdas econômicas bilionárias. 

Entender o ciclo de vida do carrapato e aplicar moléculas adequadas são os pilares para um manejo eficiente, explica o médico-veterinário Márcio Antônio Rubert, da Plantar Vet, parceira da Boehringer Ingelheim.  

Erros comuns no manejo agravam resistência do carrapato bovino

Manejo de carrapaticida no rebanho. Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim

Rubert alerta que a resistência do carrapato está ligada a práticas inadequadas no campo.

“Muitas vezes, o produtor utiliza moléculas erradas para combater a espécie de carrapato errada ou faz a dosagem de forma incorreta, contrariando o que está na bula”, comenta Rubert.

Produtos como o pour-on, que devem ser aplicados de forma uniforme no corpo do animal, muitas vezes são mal utilizados.

“Sem uma aplicação completa, o produto não chega às regiões onde há maior concentração de carrapatos, como o ventre.”  

Além disso, a baixa adesão a balanças para a dosagem precisa dos produtos injetáveis agrava o problema.

“A maioria ainda aplica a olho, o que resulta em subdosagem e acelera a resistência dos parasitas aos princípios ativos,” pontua.  

O impacto econômico vai além da balança

O carrapato compromete não só o desempenho do animal, mas também sua saúde geral.

Segundo Rubert, uma infestação alta pode reduzir o peso vivo em até três arrobas (90 quilos) por animal e, no caso da pecuária leiteira, causar perdas de até 90 quilos de leite por lactação.

Além disso, o carrapato contribui para uma queda na imunidade do rebanho, favorecendo o surgimento de doenças secundárias, como a tristeza parasitária.  

Um protocolo químico eficaz, que inclui diagnósticos laboratoriais e manejo estratégico, é fundamental para reduzir as infestações a níveis que não causem prejuízos econômicos. Porém, Rubert reforça que muitos produtores abandonam o protocolo após uma única aplicação, comprometendo os resultados a longo prazo.  

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Soluções e boas práticas para o controle  

A Boehringer Ingelheim, por meio da Plantar Vet, oferece soluções como o Ivomec Gold, uma molécula triplamente filtrada com eficácia comprovada.

“Com mais de 3 mil estudos publicados, é uma ferramenta essencial no controle estratégico, desde que usada corretamente,” destaca Rubert.

Ele recomenda que produtores realizem avaliações técnicas periódicas com o apoio de veterinários para definir o melhor protocolo para cada propriedade.  

O carrapato não será erradicado, mas pode-se reduzir sua população a níveis que não tragam prejuízos econômicos. Para isso, o especialista recomenda o comprometimento com o manejo e o uso racional de produtos.  

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