
Quando o assunto é carne de boi a pasto ou confinado, a dúvida de muitos pecuaristas — e também dos consumidores — é: qual das duas é mais gostosa e saudável? Assista ao vídeo abaixo e confira o veredito.
Quem responde é Rogério Coan, doutor em Zootecnia, consultor pecuário e especialista em engorda intensiva, no quadro Giro do Boi Responde, exibido nesta quinta-feira, 26 de junho, no programa Giro do Boi.
A pergunta veio do pecuarista Ricardo Costa, da cidade de Chorozinho, no Ceará, telespectador assíduo da atração.
Carne a pasto tem sabor mais terroso e mais ômega 3
Segundo Coan, a carne produzida a pasto, especialmente em sistemas de baixa tecnologia, onde o animal é abatido aos três anos ou mais, possui uma dieta baseada em forragem.
Essa alimentação natural, rica em betacaroteno e clorofila, gera uma carne com coloração mais amarelada, menos gordura saturada e maior presença de ômega 3 e ômega 6, o que representa benefícios à saúde.
Do ponto de vista do paladar, essa carne tende a ter uma textura mais firme e um sabor mais terroso, o que agrada quem busca um produto mais “raiz”, como definiu o especialista.
“Muita gente gosta dessa carne do pasto porque ela não tem gordura marmorizada e apresenta um sabor marcante”, afirmou Coan.
Carne de confinamento é mais jovem, macia e adocicada
Já a carne de boi confinado costuma ser proveniente de animais mais jovens, com uma dieta controlada e balanceada, o que resulta em uma gordura mais presente, inclusive do tipo saturada.
Essa carne tem um sabor mais adocicado, maciez maior e uma gordura marmorizada que agrada bastante o consumidor que prefere cortes suculentos e uniformes.
“É uma questão muito de paladar individual. Tem quem prefira o sabor mais forte e a firmeza da carne a pasto, e tem quem escolha a maciez e o sabor adocicado da carne de confinamento”, explicou o zootecnista.
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Ambas são saudáveis quando produzidas com boas práticas
Apesar das diferenças, ambos os sistemas de produção podem oferecer carne de excelente qualidade, desde que sigam boas práticas de manejo, nutrição e sanidade.
“Uma carne produzida com protocolo sanitário adequado será sempre um alimento saudável, seja ela de boi criado no pasto ou no confinamento. É isso que já fazemos muito bem nos confinamentos brasileiros”, destacou Rogério Coan.
A mensagem do especialista é clara: o sabor e o perfil nutricional variam, mas a saúde do produto final depende do cuidado com o animal durante toda a criação.
Escolha depende do consumidor — e do mercado
Na hora de escolher entre carne de boi a pasto ou confinado, o gosto pessoal do consumidor é decisivo.
No mercado, há espaço para ambos os perfis, e o produtor pode usar essa diversidade como estratégia comercial, oferecendo cortes diferentes para públicos distintos.
O importante, segundo Coan, é entender o mercado-alvo e entregar um produto de qualidade, seja ele mais rústico ou mais macio, com menos ou mais gordura.
O sistema de produção bem manejado é o que garante a saudabilidade e o sucesso da carne na prateleira — e na mesa do consumidor.
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