MELHORAMENTO ANIMAL

A um passo de se tornar maior produtor global de carne, ASBIA fomenta uso de genética

Em 2023, foram comercializadas 24,5 milhões de doses de sêmen, sendo que quase 19,5 milhões foram produzidas no Brasil. Para 2024, os números são ainda mais promissores

A pecuária brasileira segue em ritmo acelerado e a prova disso está no crescimento expressivo do mercado de genética bovina. A evolução disso reflete numa maior produção de carne que está prestes a ser a maior do mundo. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Em 2023, foram comercializadas 24,5 milhões de doses de sêmen, sendo que quase 19,5 milhões foram produzidas no Brasil. Para 2024, os números são ainda mais promissores, consolidando o país como referência global em biotecnologia reprodutiva.

A diretora-executiva da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), Lilian Matimoto, destacou, em entrevista ao Giro do Boi, a evolução do setor e o impacto da genética de ponta na produtividade da pecuária nacional.

Segundo Lilian, o Brasil é líder mundial na aplicação de biotecnologias reprodutivas, exportando não apenas sêmen, mas também tecnologia e mão de obra especializada para países da Ásia, África, Europa e América Latina.

Raças em destaque impulsionam a pecuária de corte e leite

Exemplar de touro Nelore em área de pasto. Foto: Divulgação
Exemplar de touro Nelore em área de pasto. Foto: Divulgação

Dentre as raças que mais cresceram em vendas de sêmen, o Nelore e o Angus continuam liderando o mercado, sendo amplamente utilizados em programas de cruzamento industrial. Outro destaque foi o Charolês, que apresentou um crescimento superior a 200% nas vendas, impulsionado pela demanda por carne premium.

A ASBIA é a responsável pelo Index, um relatório detalhado sobre a coleta, importação e exportação de sêmen e botijões criogênicos, desenvolvido em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP.

Inseminação artificial e a evolução da pecuária brasileira

Protocolo de inseminação artificial (IA) na fazenda. Foto: Divulgação

A popularização da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) foi essencial para o avanço da pecuária no Brasil. Atualmente, mais de 91% das inseminações são feitas com essa tecnologia, permitindo maior controle e eficiência reprodutiva. A médica-veterinária reforça que, sem essa inovação, seria impossível atender a crescente demanda mundial por carne e leite com qualidade.

Com foco na exportação, o Brasil se consolidou como referência no mercado de genética bovina.

“Nosso País tem rendimento de carcaça superior a 60%, algo impensável há alguns anos”, ressaltou Lilian.

Esse avanço permite a produção de animais mais pesados e precoces, reduzindo o impacto ambiental e melhorando a eficiência da produção.

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Exportação recorde e novos mercados internacionais

Detalhe de botijão de sêmen bovino. Foto: Divulgação

Os números das exportações brasileiras de carne bovina em 2023 impressionam:

 ✅ 26% de crescimento nas exportações
22% de aumento no faturamento
China liderando as compras, seguida por EUA, Emirados Árabes, Europa e Chile
Novos mercados como Argélia, México e Filipinas entrando na lista de compradores

Além disso, com o reconhecimento oficial do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, novos mercados podem se abrir, impulsionando ainda mais a comercialização de genética bovina nacional.

O futuro da genética bovina no Brasil

Para os pecuaristas que ainda não aderiram à inseminação artificial, Lilian Matimoto faz um alerta: o mercado vai ditar as regras e quem não investir em genética pode ficar para trás. Com o crescimento contínuo do setor, a demanda por animais precoces, eficientes e adaptados só tende a aumentar.

📌 Dica da ASBIA: Pecuaristas devem se planejar com antecedência para adquirir sêmen de qualidade, garantindo genética superior para seus rebanhos e melhor rentabilidade na produção.

🔎 Fique por dentro: No dia 25 de fevereiro, às 19h, a ASBIA divulgará o novo Index 2024, com os dados mais atualizados sobre o mercado de genética bovina no Brasil.

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