Você sabe como funciona uma central de monitoramento de carretas boiadeiras? O quadro Giro na Estrada desta sexta, 23, apresentou o trabalho de especialistas que geram informações precisas através do acompanhamento 24 horas por dia destes veículos para assegurar a qualidade das viagens e prevenir sinistros, tanto acidentes quanto roubos de cargas. Por meio deste verdadeiro trabalho, a transportadora TRP, com sede em Lins, no interior de São Paulo, não registra há três anos nenhuma ocorrência de crime contra cargas vivas.
O trabalho de monitoramento é feito dentro de um verdadeiro bunker, um local blindado para que a equipe de profissionais especializados trabalhe com segurança e sem interrupções. Os caminhões oferecem à central dados específicos sobre suas viagens, como velocidade média em estradas de terra, asfaltadas, ocorrências de frenagens bruscas e curvas acentuadas. Com estes relatórios, é possível fazer um trabalho preventivo ou corretivo para melhoria contínua da qualidade da logística boiadeira, evitando machucados e estresse nos animais.
“O pecuarista tem evoluído muito em relação à tecnologia dentro da porteira, produzindo animais cada vez mais nobres e mais precoces, com um padrão racial de qualidade muito grande. Então a gente não pode ficar para trás e o nosso desafio é de transportar estes animais sem nenhum tipo de ação que seja prejudicial às suas condições. Isto leva a gente a ficar com a guarda alta buscando sempre usar tecnologia e em todas as não conformidades a gente faz a reciclagem com o motorista, o realinhamento, busca um direcionamento para gente realmente ter um cenário perfeito para transportar sempre um produto mais nobre”, contou ao Giro do Boi o gerente do segmento boiadeiro da TRP, Márcio Salaber.
As carretas também são equipadas com rastreadores híbridos, que funcionam de modo integrado evitando “apagões” na localização dos veículos mesmo quando estão em locais mais distantes, caso de boa parte das fazendas no Brasil. Este trabalho possibilitou para a companhia zerar os registros de roubos de cargas vivas nos último três anos, inclusive frustrando algumas tentativas.
“A gente tem feito nestes últimos três anos um trabalho que a gente chama de big data. É um banco de dados consideravelmente grande. E em cima deste banco de dados a gente fornece para a equipe administrativa e operacional várias estatísticas para que eles possam analisar as informações geradas pelo sistema e buscar os melhores planos de ação quando estes se fazem necessários. E como a gente possui esse time de inteligência, inclusive equipe de acompanhamento em campo, a gente garante o melhor transporte, seguro, com a melhor qualidade. […] A gente consegue dar uma segurança e uma qualidade melhor para o motorista, inclusive, voltar para casa são e salvo”, acrescentou o gerente de risco da TRP, Leandro Ferraz.
Confira os detalhes completos do rastreamento de carretas boiadeiras pelo vídeo abaixo: