SEM VACINAÇÃO HÁ 3 ANOS

Rondônia aperta o cerco contra doenças no seu rebanho de 17,6 milhões de bovinos

Confira a entrevista com o médico veterinário Júlio Cesar Rocha Peres, presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron)

Sem vacinação contra a febre aftosa desde 2020, Rondônia, com um rebanho de 17,6 milhões de cabeças, está firme e forte na manutenção da sanidade do gado. Assista ao vídeo abaixo e confira como o Estado está blindando a sanidade dos animais.

Quem explorou este assunto foi o médico veterinário Júlio Cesar Rocha Peres. Ele é presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) e um membro efetivo no Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).

“Com uma vigilância sanitária mais ativa e uma maior interação entre produtores rurais e a classe de médicos veterinários e zootecnistas, o Estado caminha firme com a sanidade do rebanho”, diz Peres.

A Idaron informou recentemente que um novo levantamento aponta 110 mil propriedades que trabalham com agropecuária. O gado dessas propriedades é estimado em 17,6 milhões de cabeças.

Passos para a erradicação da febre aftosa em todo o País

Pistola para vacinar gado: saiba os cuidados necessários com o instrumento
Veterinário fazendo os preparativos para a vacinação do gado contra a febre aftosa. Foto: Wenderson Araujo/CNA

Rondônia é um dos primeiros Estados do País que está fortalecendo o sonho de o Brasil se ver livre da febre aftosa sem vacinação nos próximos anos.

A ausência da vacinação, porém, não significa descuido com a sanidade animal no Estado, segundo Peres.

Os produtores têm mostrado um alto cuidado com a programação sanitária, pois há inúmeros protocolos que precisam ser adotados para a proteção do rebanho.

União de Rondônia e Bolívia contra a febre aftosa e a raiva

Bovinos em área pasto. Foto: Wenderson Araujo/CNA

Um dos exemplos citados pelo especialista é um trabalho harmônico feito entre a vigilância sanitária estadual de Rondônia e o governo da Bolívia.

O país e o Estado dividem uma fronteira de quase 1,5 quilômetros de extensão. Apesar de rios e áreas de vegetação nativa reforçarem a segurança, o trabalho de vigilância é intenso entre os países.

Os trabalhos eram focados com a febre aftosa, inicialmente, e agora, o controle da raiva está sendo coordenado na região juntamente com o governo boliviano.

Recadastramento on-line de profissionais de medicina veterinária

Exemplo da nova cateira digital para médicos veterinários e zootecnistas. Foto: Divulgação

Peres relembrou que está disponível desde o início deste ano de 2023 o recadastramento on-line de profissionais de medicina veterinária e de zootecnia.

A entidade reuniu aqui uma seção de perguntas e respostas com as dúvidas mais frequentes sobre o recadastramento e as novas cédulas profissionais, física e digital.

O recadastramento pode ser feito no site do CFMV pelo link https://www.cfmv.gov.br/recadastramento/.

O recadastramento não é obrigatório. Porém, ao se recadastrar, o profissional mantém seus dados atualizados perante o seu regional e o CFMV.

Isso facilita a comunicação entre as partes, além de ter acesso às novas cédulas (física, em policarbonato, e digital).

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