BEM-ESTAR ANIMAL

Redução da Marca a Fogo: fazenda reduz 20 mil procedimentos em 1 ano

Saiba como é possível garantir melhores práticas de bem-estar animal com a redução da marca a fogo em bovinos

O projeto Redução da Marca Fogo vem ganhando cada vez mais notoriedade. A prática garante melhores condições de bem-estar animal para o rebanho e um manejo mais tranquilo na fazenda, além de ganhos na qualidade da carne produzida. Assista ao vídeo e confira essa história.

O programa Giro do Boi desta quarta-feira, 14, foi dedicado a esse projeto. A iniciativa está sendo conduzida pela consultoria BE.Animal, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (ETCO), da Unesp, em Jaboticabal (SP), e a Agropecuária

Orvalho das Flores, e conta com o apoio das empresas JBS/Friboi, MSD Saúde Animal e Allflex.

“É bom enfatizar que a nossa ênfase não foi na eliminação da marcação a fogo, mas na redução”, diz o zootecnista Mateus Paranhos, professor da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, em Jaboticabal (SP) e diretor da consultoria BE.Animal.

Paranhos esteve no estúdio do Giro do Boi juntamente com a médica veterinária Maria Emília Raucci, diretora de qualidade da JBS, e o engenheiro agrônomo Antony Luenenberg, coordenador técnico de Bem-estar Animal da MSD.

Os especialistas estiveram no estúdio do programa para debater as vantagens da Redução da Marca Fogo em fazendas de gado no País.

Por que é importante a redução da marca a fogo?

Melhores técnicas de manejo tem garantido maior retorno às fazendas. através do bem-estar animal. Foto: Divulgação
Melhores técnicas de manejo tem garantido maior retorno às fazendas. através do bem-estar animal. Foto: Divulgação

A prática de identificação dos animais traz muitos problemas para a fazenda. Embora sejam apenas 2 a 3 segundos de contato do metal em brasa com a pele do

animal, o efeito é a causa de queimaduras de segundo e terceiro graus que podem dar dores que podem durar até oito semanas.

“Os benefícios de toda essa iniciativa são muito maiores no campo, no momento da lida quando se olha para o bem-estar comum. Então em todo aquele ambiente se tem menos estresse dos vaqueiros e menos estresse dos animais e isso se reflete na qualidade da carne que a gente quer que chegue ao consumidor”, diz Raucci.

Há resultados de pesquisa mostrando que a marca a fogo deixa os bovinos mais reativos, tornando os manejos subsequentes mais difíceis de serem realizados.

Métodos mais eficientes para identificação dos animais

Bovinos com identificação por brincos em área de curral. Foto: Divulgação

Dentro do projeto as recomendações são feitas por outros sistemas de identificação como os brincos de identificação (eletrônicos ou não) e tatuagem feita na orelha dos animais.

Os sistemas têm garantido uma melhor forma de identificação dos bovinos.

“Quando temos mais assertividade na identificação dos animais, deixamos de perder tempo e conseguimos ganhar muito dentro da cadeia”, diz Luenenberg.

O projeto Redução da Marca a Fogo

O projeto Redução da marca a fogo começou oficialmente em novembro de 2020, no entanto trouxe uma bagagem de mais de dez anos de experiências realizadas em fazendas de gado do País, como a Orvalho das Flores, no interior de Mato Grosso.

Quer fazer parte dessa jornada? Clique aqui e faça o download de um guia técnico para dar início a uma mudança de práticas no manejo na fazenda. O Guia de Boas Práticas podem ser encontrado impresso nas unidades da Friboi.

Tutoriais em vídeo do projeto Redução da Marca a Fogo

Confira também os tutoriais elaborados pela consultoria BE.Animal que vão ajudar a pôr em prática os sistemas de identificação mais adequados ao bem-estar do rebanho. Confira.

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