O renomado engenheiro agrônomo Wagner Pires, com uma vasta especialização em pastagens, trouxe sua expertise para resolver o problema enfrentado por Thiago Lima de Mogi Guaçu (SP), cujas pastagens encontram-se “rapadas”. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Diante do dilema sobre reformar ou simplesmente revigorar as pastagens, Pires delineou um caminho duplo que depende significativamente de fatores climáticos e de custos.
A questão foi destaque no quadro “Giro do Boi Responde” desta quinta-feira, 25.
Recuperação vs. reforma
Segundo Wagner Pires, a decisão entre recuperar ou reformar depende diretamente das previsões climáticas locais.
Um ano com bom regime de chuvas favorece uma reforma total, caracterizada pela dessecação e ressemeadura das pastagens.
Este método, apesar de mais custoso, pode resultar em um pasto renovado, mas apresenta riscos caso o volume de chuvas seja insuficiente, o que poderia gerar déficit de área forrageira.
Um processo menos drástico e mais econômico
Por outro lado, a recuperação – um processo menos drástico e mais econômico – pode ser uma opção mais segura.
Consiste em adubar, aplicar nitrogênio e conceder um período de descanso ao pasto, permitindo sua regeneração natural.
Esta alternativa possibilita que o pasto se restabeleça gradualmente e é considerada uma aposta menos arriscada.
Analisando custos e climatologia
Pires pontua que o custo da recuperação é tipicamente metade do valor gasto em uma reforma completa, e, por ser menos intensiva, é uma estratégia de mitigação de riscos frente à incerteza das chuvas.
Recomenda-se que produtores como o Thiago avalie cuidadosamente o contexto climático e o orçamento disponível para tomar uma decisão informada.
Opção estratégica
Com essas considerações em mãos, o produtor pode optar pela reforma, se o ano sugerir um padrão de chuvas confiável, ou pela recuperação, um método mais econômico e conservativo que depende menos das chuvas e pode ser continuamente ajustado de acordo com o desenvolvimento das pastagens.
Pires reforça a importância de uma escolha bem ponderada, capaz de promover o restabelecimento saudável e eficaz das pastagens comprometidas, garantindo sustentabilidade e produtividade para a propriedade.
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