A produção pecuária brasileira continua a desafiar adversidades, mostrando resiliência frente ao alto número de abate de fêmeas no ano passado e à persistente seca que assola o País.
Segundo a Pesquisa Produção da Pecuária Municipal de 2023, realizada pelo IBGE, o rebanho bovino registrou um crescimento de 1,6%, alcançando mais de 238 milhões de cabeças. Essa expansão mantém o número de bovinos acima do total de habitantes no Brasil, que era de 211 milhões em 2023.
Crescimento regional do rebanho
Duas regiões brasileiras destacaram-se pelo crescimento significativo de seus rebanhos. No Nordeste, o aumento foi de 6,4%, resultando em 35 milhões de bovinos, o que representa 15% do rebanho nacional.
Já na região Sul, houve um incremento de 4%, totalizando 25 milhões de cabeças, cerca de 10% do rebanho brasileiro. Esses números refletem a capacidade adaptativa das regiões em meio a condições climáticas adversas e desafios econômicos.
No ranking estadual, Mato Grosso continua liderando com o maior efetivo bovino, seguido por Pará e Goiás. No cenário municipal, São Félix do Xingu, no Pará, mantém a liderança, com Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e Porto Velho, em Rondônia, completando o pódio das cidades com os maiores rebanhos do País.
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Impactos e perspectivas para o setor
O crescimento do rebanho bovino, mesmo diante de desafios como o abate elevado de fêmeas e a seca, é um indicativo da resiliência e do forte investimento em melhorias e tecnologias no setor pecuário.
Essa expansão não só fortalece a posição do Brasil como um dos maiores produtores de carne bovina do mundo, mas também sublinha a importância de estratégias sustentáveis para assegurar a contínua prosperidade do setor.
Enquanto o setor comemora o aumento, especialistas alertam para a necessidade de políticas que garantam recursos hídricos adequados e práticas de manejo que preservem os pastos e a saúde do solo. Investir em sustentabilidade será crucial para manter o crescimento sem comprometer o meio ambiente e os recursos naturais nas próximas décadas.
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