A base do rebanho bovino na Bolívia é da raça Nelore. Sabia que grande parte dos produtores vem até o Brasil para buscar os melhores animais e tecnologias para a produção de carne por lá?
E não é só isso. A base genética brasileira do Nelore é uma das que mais tem sustentado o crescimento do rebanho bovino boliviano.
De 2010 a 2020, o rebanho de bovinos no país saltou 23,85%, totalizando 10,1 milhões de animais. Os dados são da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês).
Durante a Expozebu deste ano, que voltou a ser 100% presencial, o Giro do Boi entrevistou o pecuarista e criador boliviano Oswaldo Monastério. A reportagem foi ao ar nesta quarta-feira, 29. Nela, o produtor falou da importância do evento para a pecuária de seu país.
“A importância da Expozebu é porque, para a Bolívia, igual no Brasil, a principal raça produtora de carne é o Nelore. Foi a raça que melhor se adaptou aos trópicos da Bolívia”, diz Monastério.
Intercâmbio tecnológico
Contando com este ano, são mais de 30 anos que ele acompanha de perto a Expozebu. O objetivo é estar sempre em contato com as tecnologias de produção e os animais de destaque.
“O Brasil, para nós, é como um norte para seguir. Olhar os melhoramentos, o que está acontecendo com as tecnologias que estão fazendo os fazendeiros a produzir mais”, diz o pecuarista.
A pecuária boliviana
A pecuária boliviana além de crescer bastante, nos últimos anos, está registrando melhores índices, segundo Monastério.
“A produtividade aumentou com o aumento da fertilidade das matrizes. Estamos diminuindo a idade de abate dos bois e estamos dando maior rendimento das carcaças. A qualidade da carne está maior também”.
O Estado de Santa Cruz de La Sierra está entre as principais regiões de maior peso para a bovinocultura da Bolívia.