
Pecuaristas, a escolha do touro certo para o cruzamento é o segredo para produzir um gado de corte lucrativo, especialmente quando se trata de raças com aptidão para leite. Vando Tarcísio Maia, de Cavalcante (GO), tem um plantel de matrizes com 5/8 zebuíno e 3/8 da raça leiteira australiana Illawarra. Ele quer saber qual touro usar para produzir gado de corte com sua vacada, e pensa em três opções: Caracu, Simbrasil ou Canchim.
Nesta quinta-feira, 11 de setembro, o zootecnista Alexandre Zadra, especialista em genética e cruzamento industrial de bovinos, respondeu à pergunta no quadro “Giro do Boi Responde”.
Ele explica que a melhor escolha depende da busca por heterose e da padronização de cor dos bezerros.
O segredo do cruzamento: choque de sangue e adaptabilidade
Alexandre Zadra ressalta que o principal objetivo do cruzamento é gerar heterose (vigor híbrido), um “choque de sangue” que potencializa as características desejáveis do animal.
Para isso, é preciso usar raças de grupamentos genéticos diferentes. Além disso, a adaptabilidade é fundamental, principalmente em um clima tropical como o de Goiás.
A base de matrizes de Vando Tarcísio Maia, com sangue zebuíno (Tabapuã e Guzerá leiteiro) e taurino (Illawarra), é muito leiteira e já produz bezerros pesados. A próxima cruza deve focar em gerar heterose e manter a rusticidade para que os animais sejam lucrativos a campo.
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Raças para o cruzamento: opções para todos os objetivos
Para produzir gado de corte com a base de matrizes de Vando, Alexandre Zadra sugere diversas opções, dependendo da cor e das características que ele busca no bezerro:
- Bonsmara: Se o objetivo for ter bezerros vermelhos retintos e com pelo curto, o Bonsmara é uma ótima opção. Além de gerar 100% de heterose, o Bonsmara produzirá animais bem adaptados ao clima tropical.
- Caracu: Para um animal de grande porte, com pelo zero e 100% vermelho, o Caracu vai muito bem. Ele também trará 100% de choque de sangue, resultando em um animal rústico e com boa conversão alimentar.
- Canchim e Santa Gertrudis: Para um animal de grande porte e um cruzamento terminal, o Canchim e o Santa Gertrudis são excelentes opções. O Santa Gertrudis também produz bezerros vermelhos retintos.
- Brangus: Se a preferência for por bezerros de pelagem preta, o Brangus, que tem o porte de um animal mais europeu, é uma excelente opção.
Alexandre Zadra não menciona o Simbrasil, que seria uma das opções de Vando Tarcísio Maia.
O especialista reforça que a escolha do touro deve se basear na busca pela heterose, mantendo a adaptabilidade e o metabolismo necessários para a recria, seja a campo ou suplementada.
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