O criador Paulo Henrique, da região de Itiquira, em Mato Grosso, disse que está à procura de uma raça para cruzar com suas matrizes F1 Angus precocinhas, “mas que vão me dar animais mais rústicos”, conforme escreveu em mensagem endereçada ao Giro do Boi. “Já uso Brangus e Braford, porém os animais são muito exigentes para as condições que tenho no Pantanal”, ponderou.
“A raça Sindi pode ser usada em precocinhas? Qual outra raça poderia me dar animais mais rústicos e não ter problema de parto?”, perguntou o pecuarista.
O Giro do Boi acionou o zootecnista Alexandre Zadra, autor do blog Crossbreeding e supervisor regional comercial da Genex para os estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia, para tirar a dúvida do criador mato-grossense.
“Em Itiquira, no Pantanal, faz um calor assustador! Se você usar Braford ou Brangus sobre as suas precocinhas meio-sangue, como touro bimestiço, você vai gerar animais com um pouco de pelo. Então o que a gente recomenda? Ou você poderia usar um zebuíno de parto fácil, um touro com DEP para parto fácil, peso ao nascimento negativo”, apontou.
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DÁ PARA USAR O SINDI?
“O Sindi, como você citou, é uma boa opção. Você vai fazer um animal ¾ Zebu, ainda com alguma heterose, porque você tem animais que não têm Sindi na sua composição genética, essas suas meio-sangue. Então você estará gerando heterose e, dessa forma, você vai fazer animais de ótima qualidade”, aprovou Zadra.
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HETEROSE COM TAURINO DE PELO CURTO
O zootecnista acrescentou que o produtor tem a opção de usar um taurino rústico, que poderia produzir bezerros de pelo zero ao mesmo tempo que classifica os produtos para um possível programa que remunera por carne de qualidade. “Agora se você quiser gerar heterose com pelo zero, eu recomendo o Caracu. O Caracu é uma raça que vai tirar o pelo e vai fazer fêmeas novamente muito boas e machos pesados, tendo o advento de você gerar animais mais taurinizados, ou ¾ taurinos, o que gerará também animais com carne macia, que podem ser classificados para programas de carne de qualidade”, lembrou.
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Qual é a sua dúvida sobre cruzamento para gado de corte? Envie para o programa no link do Whatsapp do Giro do Boi, pelo número (11) 9 5637 6922 ou ainda pelo e-mail girodoboi@canalrural.com.br.
Pelo vídeo a seguir é possível assistir na íntegra as considerações de Alexandre Zadra sobre a dúvida do criador mato-grossense: