Qual o percentual de transferência genética de um touro melhorador para o bezerro?

No quadro Giro do Boi Responde que foi ao ar nesta sexta, dia 10, o zootecnista Ricardo Abreu, gerente de fomento da ABCZ, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, atendeu um telespectador de Patos, na Paraíba.

“Já ouvi comentários de que um touro melhorador consegue transferir até 87% da genética dele para o bezerro. Gostaria de saber qual é esse percentual de transferência genética de um touro para o bezerro, levando em consideração a influência de ter um bom reprodutor para servir a vacas mestiças”, disse o telespectador Kléber Cabral Brandão em mensagem endereçada à produção do programa.

“Independentemente da qualidade do reprodutor, a genética transmitida pelo macho, pelo touro, no caso, é de 50% e os outros 50% pela fêmea. Então o bezerro que nasce provém de 50% do valor genético médio do seu pai, do touro, e 50% da sua mãe, da vaca”, resumiu Abreu.

“No campo, fala-se que um touro é dominante quando o touro é melhorador das características econômicas. Seja para a produção de carne, para a produção de leite, ele se sobressai perante aquela matriz que, no campo, a gente fala que é mais fraca, de quem não se tem informação”, ponderou. “Mas independente da base dessa fêmea, 50% da genética provêm do touro e 50% provêm da vaca”, confirmou.

Segundo o especialista, é justamente por esse fator que não é recomendado que se conheça e aposte somente na avaliação genética do touro. “Porque você vai maximizar a utilização destas fêmeas, você conhece o currículo delas na sua propriedade e no seu sistema de produção para que você identifique e maximize as melhoradoras e faça descarte daquelas ‘inquilinas’ que não pagam a conta na sua fazenda”, sugeriu.