Uma das perguntas que foram destaques do Giro do Boi Responde desta segunda-feira, dia 31, veio de Dourados, em Mato Grosso do Sul. O telespectador Juliano de Souza Sanches contou que tem pastagens formadas com capim Piatã e quer fazer pastejo rotacionado. Para tanto, ele precisa saber quantos dias deve usar o pasto e qual o período de descanso efetivo para permitir a rebrota.
O zootecnista Tiago Felipini, profissional especialista em nutrição e consultor da Alcance Planejamento Rural, foi quem esclareceu as dúvidas de Juliano.
“O principal para você é manejar o seu pasto por altura – altura de entrada e altura de saída. O capim Piatã você deve seguir a altura de até 40 cm na entrada, pois se passar você começa a perder pasto e começa a perder resultado em GMD (ganho médio diário). E a altura de saída de até 30 cm, pois se você pastejar abaixo dessa altura, você vai começar a diminuir o seu GMD, o seu desempenho seja em produção de leite, ganho de peso, fertilidade, além de acelerar o processo de degradação da pastagem, porque a gente começa a deixar prejudicada a reserva fisiológica da planta. Então é interessante respeitar a altura”, reforçouFelipini.
O especialista ofereceu uma alternativa caso o telespectador entenda que seja complexo guiar o pastejo pela altura – o período de uso e de descanso.
“Agora se você quiser um trabalho mais fácil e prático, para quem está começando, use períodos de ocupação e descanso em ciclos de pastejo. Na estação quente e chuvosa em Dourados, na primavera/verão, você vai trabalhar com ciclo de pastejo de 21 a 25 dias. E um período de descanso de, no mínimo, 15 dias. Já no outono/inverno, que é um período mais frio, muito frio à noite e frio de dia, o ciclo de pastejo tem que ser aumentado para 35 a 90 dias, então seu pasto vai precisar de uns 45 dias de descanso, ou pelo menos 35 dias. Como ele cresce muito pouco, ele tem que descansar mais. Aí é a hora que você tem que entrar suplementando os animais com algum volumoso ou colocar num sequestro, um confinamento para poder aliviar a taxa de lotação”, ponderou o zootecnista.
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A resposta completa do consultor pode ser vista pelo vídeo a seguir:
