“Em especial, fortalece os laços que unem os ambientes urbano e rural, orientando os participantes sobre a necessidade da preservação ambiental, a importância da sustentabilidade e de práticas que garantam uma melhor qualidade de vida”, é o que diz a própria Embrapa sobre o seu projeto Embrapa & Escola, criado em 1997 e que, desde então, já impactou a vida de milhares de crianças e jovens matriculados nos ensinos fundamental e médio.
A iniciativa foi destaque de reportagem da série Embrapa em Ação, que foi ao ar nesta sexta, 22, pelo Giro do Boi. Na ocasião, o engenheiro agrônomo e mestre em agronomia Cláudio Capeche, pesquisador da Embrapa Solos, concedeu entrevista sobre o projeto à equipe de reportagem. “Esse é um programa institucional da Embrapa que foi lançado em 1997. Nós temos, portanto, 23 anos de atuação. A gente aqui na Embrapa Solos atua tanto na sede (no Jardim Botânico no Rio de Janeiro) quanto a nossa unidade de execução de pesquisas em Recife, a UEP Recife”, informou.
“Esse programa nasceu com a ideia, com o objetivo de levar para o público de educação, os alunos e professores da rede do ensino fundamental, qual seja o nível, a evolução das pesquisas da Embrapa ao longo destes anos, o quanto a Embrapa contribuiu com esta pesquisa agropecuária, para o desenvolvimento do Brasil e para a conservação ambiental. E no caso aqui da Embrapa Solos, a gente foca muito na educação de solos, na diversidades de solos, as origens deles e a importância destes solos para nossa vida, da conservação da água para a biodiversidade”, detalhou.
+ Saiba quais são os três maiores gargalos do manejo de solos do Brasil
+ Erosão ameaça segurança alimentar, hídrica e energética; como evitar?
“É muito importante trazer o público da cidade”, lembrou Capeche. O agrônomo destacou que além de aprender sobre a vocação do Brasil para a produção agropecuária, o público das cidades também aprende técnicas mais aprofundadas para a prática da agricultura urbana, que ganha espaço.
Capeche disse que nas visitas são demonstradas algumas tecnologias para a prática da agroecologia, que contribuem para o desenvolvimento da agricultura dentro das cidades, incluindo destinação de resíduos, aproveitamento de compostagem para fabricar o adubo verde, aproveitamento de outros resíduos sólidos como recipiente para produzir mudas de hortaliças e pimenteiras, por exemplo. Na unidade demonstrativa dentro da sede da Embrapa Solos, as crianças inclusive conhecer plantas que só viram seus produtos no mercado e que não têm noção de como surgem na natureza.
+ Fazenda tem economia milionária ao transformar esterco em adubo
+ Embrapa ajuda produtor a transformar resíduos em fertilizante
“A gente além de ter esta atividade de educação ambiental, de levar isto pra criançada, a importância de se ter essa reciclagem, a gente também atende ao Programa Nacional de Resíduos Sólidos, então todos os resíduos vegetais aqui da Embrapa provenientes de poda, corte de grama e varrição são compostados aqui na nossa unidade. Só pra você ter uma ideia, a gente produziu no ano passado aproximadamente duas toneladas de húmus, e esse húmus, esse composto orgânico, além de a gente utilizar aqui na Embrapa no nosso espaço verde, a gente cede pra comunidade que a gente também trabalha, para o pessoal outras instituições públicas e até mesmo privadas, para as escolas também, ajudando na horta delas, já que o nosso objetivo é atender a sociedade como um todo e levar essa sensibilização a eles, de que é importante ter o maior cuidado com estes resíduos orgânicos”, acrescentou Capeche.
+ Agro brasileiro é o mais sustentável do planeta, afirma Embrapa
+ O boi é realmente um vilão do meio ambiente na emissão de gases de efeito estufa?
+ Qual a relação entre pecuária intensiva e as emissões de gases de efeito estufa?
As informações sobre educação ambiental e também sobre o programa Embrapa & Escolha na Embrapa Solos podem ser obtidas pelo e-mail claudio.capeche@embrapa.br.
Veja a entrevista completa com Cláudio Capeche no vídeo abaixo:
Imagem: Reprodução / Embrapa