Por segurança e liquidez no confinamento, produtores apostam na engorda terceirizada

Pecuaristas buscam domínio sobre ferramenta para programar receitas, desafogar pastagens ou mesmo acelerar o giro do boi; dia de campo sobre o tema reuniu mais de 300 no interior de SP

Pode ser por necessidade, livrando as pastagens para evitar desgaste com o excesso de lotação em meio à seca, ou para intensificar a terminação e aproveitar, eventualmente, uma reposição mais barata, dependendo da configuração do mercado. A engorda em confinamento está sendo bem procurada por pecuaristas, que estão buscando entender cada vez mais a ferramenta para usá-do do modo que melhor se encaixe em sistemas produtivos variados.

No último sábado, dia 04, a presença expressiva de mais de 300 produtores em dia de campo no Confinamento JBS em Castilho-SP comprovou a popularização da engorda em cocho de modo terceirizado. No evento, foram apresentadas ao público presente as modalidades de negócios, que atendem exigências distintas dependendo da propriedade: diária, parceria, arrobas engordadas ou ração por kg, esta normalmente utilizadas para lotes de fêmeas. A unidade atende pecuaristas de até quatro estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.

“Nós colocamos a transparência do negócio, desde quando o animal chega, com o protocolo sanitário. Depois como é a rotina dos animais dentro do confinamento com as três dietas que eles recebem: adaptação, crescimento e terminação. Já com o animal gordo, pronto, mostramos como ele vai participar dos protocolos de qualidade da JBS que vão remunerar mais o pecuarista”, disse José Roberto Bischofe Filho, gerente dos Confinamentos JBS, em entrevista ao Giro do Boi.

“Nós colocamos todo um pacote nutricional, zootécnico de desempenho, e nesta ferramenta nós abrimos para o pecuarista ao colocar mais essa opção de engorda para ele nesse momento agora, em que o capim está amadurecendo, chega a seca, o animal pode voltar (a emagrecer), então o boitel da JBS é uma oportunidade de negócio, mais uma alternativa para engordar o bovino”, acrescentou Bischofe.

“De fato é uma ferramenta que tem me ajudado. Eu tenho tirado proveito e liquidez. Eu pego uma boiada, ponho aqui dentro e sei que dentro de 90 dias eu consigo fazer ela virar dinheiro, e isso a gente precisa no dia a dia. […] Minha propriedade eu programei para ter abates todo mês, então eu não envio uma quantidade grande de uma vez, eu pulverizo ao longo do ano para eu ter receita todo o ano porque todo o ano eu tenho despesa. […] Eu acabo tendo receita todos os meses do ano”, disse o pecuarista João dos Santos.

“O confinamento para terminação dos animais é fundamental. Nós temos confinamentos próprios em nossa empresa, mas a parceria feita com a JBS foi uma experiência muito satisfatória. Em termos de rentabilidade foi fantástica e também posso dizer que, na questão desembolso, deixa o produtor rural muito tranquilo”, disse a diretora do Grupo Colpar, Valmice Mendes. Nas modalidades de negócio disponibilizadas pelo boitel, não é necessário desembolso do produtor antes do momento do abate.

“Nós fomos buscar um estudo sobre as questões de logística, frete, e aqui você tem uma parceria espetacular nesta situação. Você tem benefícios dependendo de certas áreas próximas, de onde consegue trazer esses animais, até com isenção de frete. Então fizemos todo esses estudos, preocupamos com questão de variações de preço, de mercado. Você tem hoje mercado futuro, pode travar (preço), então tem hoje ferramentas para você trabalhar com segurança, com liquidez e estar muito bem posicionado no mercado”, disse o produtor Fernando Andrade.

Assista a reportagem completa no vídeo abaixo:

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