EMBRAPA EM AÇÃO

Pesquisa avalia emissão bovina de metano em provas de eficiência alimentar no Sul

Provas de eficiência alimentar ajudam pecuarista a usar animais que tornam o sistema mais sustentável e eficiente economicamente

Uma linha de pesquisa está avaliando a emissão bovina de metano em provas de eficiência alimentar no Sul do País. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes deste estudo.

O tema foi destaque nesta terça-feira, 3, no Giro do Boi, na reportagem da série Embrapa em Ação falando sobre a prova de eficiência alimentar da Embrapa Pecuária Sul.

Ao todo, são cinco anos que a empresa de pesquisa desenvolve as avaliações com as raças Angus, Braford, Charolês e Hereford. Quem contou os detalhes foi a médica veterinária e mestre em zootecnia Renata Wolf da Silva.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa, uma das mais recentes novidades é a avaliação de fêmeas dentro da prova, que antes de 2021 só contava com machos reprodutores.

As provas de eficiência alimentar de bovinos

Bovino em teste de emissão de gases de efeito estufa. Foto: Divulgação/Embrapa Pecuária Sul
Bovino em teste de emissão de gases de efeito estufa. Foto: Divulgação/Embrapa Pecuária Sul

Em síntese, Renata contou que as provas de eficiência alimentar duram 90 dias, sendo que os primeiros 20 são de adaptação dos animais à nova dieta e ambiente.

Depois disso, começa a coleta de dados por meio de cochos da empresa Intergado. Os equipamentos fazem leitura automática da ida do bovinos ao cocho e do consumo total de ração por meio de sensores de brincos.

Conforme salientou a veterinária, há uma diferença expressiva de desempenho dos animais.

“Em termos de matéria verde, essa diferença tranquilamente chega na casa dos 40% em algumas situações”, apontou.

Emissões de metano do rebanho

Em seguida, Renata falou sobre as vantagens que as provas de eficiência alimentar oferecem aos selecionadores.

“Quando a gente consegue fazer a inserção de uma genética que vai melhorar a eficiência alimentar, ou seja, o animal vai comer menos para ganhar a mesma coisa, ou ganhar mais, o impacto disso é enorme. A gente pensa primeiro economicamente, óbvio. Mas tem a questão ambiental também. Menos resíduos serão gerados”, relacionou a pesquisadora.

“Então é de suma importância a gente buscar cada vez mais animais mais eficientes do ponto de vista alimentar. Nesse sentido, a gente está inserindo uma nova avaliação que vai se iniciar em 2022 com os reprodutores machos. […] todas as associações se mostraram bastante interessadas em fazer esta avaliação, que é a avaliação da emissão de metano. Assim, nós vamos avaliar quais são os animais mais eficientes do ponto de vista alimentar, de transformação do alimento em produto. Depois disso, nós vamos fazer avaliação da emissão de metano desses animais ao final da prova. Isso vai nos dar também dados extremamente importantes dentro dessa linha que toda pecuária não somente nacional, mas mundial, vem trabalhando”, concluiu.

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