Pecuaristas da região de Marabá-PA devem estar atentos às condições da Estrada do Rio Preto

Na época do inverno paraense, com chuvas mais intensas, produtores precisam se comunicar com a indústria para que transporte boiadeiro não seja prejudicado

A chuva atrasou um pouco, mas quando chegou ao Pará, junto ao inverno daquela região, os problemas de transporte boiadeiro logo se acentuaram. Nesta sexta, 15, no quadro Giro na Estrada, o escalador de gado da unidade Friboi de Marabá-PA, Raffael Chaves, falou sobre as adversidades.

“Entre as principais vias afetadas está a Estrada do Rio Preto, mais precisamente para as regiões das Quatro Bocas e Plano Dourado, que são alguns vilarejos de onde a gente tira muito gado”, especificou.

Chaves disse que a solidariedade dos produtores locais ajuda a amenizar a situação, uma vez que sempre estão dispostos a emprestar maquinário e disponibilizar mão de obra para ajudar a tirar os carros dos atoleiros. “Eles ajudam bastante. Na verdade, todos os pecuaristas conseguem ajudar a gente pra poder escoar o gado e o gado ser destinado ao frigorífico com qualidade”, aprovou.

O escalador também fez sugestões para acelerar o embarque e diminuir as chances de atrasos e demais problemas para o transporte do gado. “A orientação para o pecuarista é ele sempre estar esperando o motorista com antecedência, manter a comunicação sempre com o frigorífico, se programando. Normalmente a gente programa para o caminhão dormir na fazenda, sempre embarcar o gado bem cedinho para poder antecipar. Assim, caso a chuva caia, se precisar passar pelas principais estradas que apresentam dificuldade, o caminhão já conseguiu sair ou ainda, dependendo do local, a gente antecipa esse embarque, sabendo que a previsão do tempo é sempre de chuva nessa época”, recomendou.

Na região, de modo geral, as chuvas acontecem com mais frequência no fim de tarde, o que facilita a antecipação do problema em certos casos. “Caso aconteça algum problema, (saindo cedo) o caminhão já estará em uma estrada em que o movimento é maior e ele consegue sair normalmente (do atoleiro)”, reforçou.

Além da ajuda dos produtores, da comunicação frequente e planejamento em dia, o escalador citou a renovação de frota de caminhões como uma ajuda extra para lidar com os problemas do transporte boiadeiro da região causados pelas chuvas. “A frota foi trocada recentemente. Chegaram veículos do tipo Romeu e Julieta e a gente conseguiu amenizar muito esses problemas. Mesmo com o inverno e mesmo com a chuva, o índice de falta de animais no momento programado para o abate diminuiu bastante e o atendimento ao pecuarista melhorou”, celebrou Chaves.

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Confira a entrevista completa com Raffael Chaves no Giro na Estrada desta sexta, 15:

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